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01/08/2005
-
09h55
da EFE, em Washington
Os profissionais da Nasa minimizaram os riscos da missão do ônibus espacial Discovery e nunca discutiram o possível desprendimento de fragmentos de isolante, informou neste domingo o jornal "The New York Times".
Durante uma reunião a portas fechadas em 24 de junho, as autoridades da Nasa consideraram que o risco de que o Discovery sofresse prejuízos com o desprendimento de materiais do tanque de combustível durante a decolagem tinha se reduzido a "níveis aceitáveis", afirmou o jornal.
Ao discutir as condições para o lançamento do Discovery na terça-feira passada, a Nasa não falou sobre a possibilidade de que um pedaço do isolante se soltasse do tanque de combustível, porque já tinha descartado a hipótese alguns meses antes, ao elaborar uma lista de assuntos que não requeriam ação urgente, acrescentou.
O Discovery foi lançada do Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, na Flórida, dois anos e meio depois da tragédia da nave Columbia, que se desintegrou ao entrar na Terra, matando os sete tripulantes.
Mas, na terça-feira passada, as afirmações da Nasa --de que contava com o tanque de combustível mais seguro na história das naves-- foram contrariadas dois minutos depois da decolagem da Discovery em direção à ISS (Estação Espacial Internacional).
O desprendimento de pedaços de isolante durante o lançamento obrigou as autoridades da agência espacial americana a suspender as futuras missões por tempo indefinido até resolver o problema.
A Nasa investiu milhões de dólares desde 2003 para melhorar o desenho do tanque externo, mas reconheceu que o assunto requer mais trabalho.
O incidente da terça-feira passada é parte de "uma cadeia de oportunidades não aproveitadas e julgamento questionável, não só a partir do desastre da Columbia, mas de todo o programa de naves", afirmou o jornal "The New York Times".
As autoridades não fizeram testes preparatórios que poderiam ter sido úteis, "nem buscaram com seriedade soluções inovadoras", disse o jornal.
"Após dois anos e meio (desde o desastre da Columbia), deviam ter sido capazes de regular o isolante", disse ao jornal Paul Czysz, professor de engenharia aeronáutica da Universidade St. Louis e consultor da Nasa.
O desprendimento do pedaço de isolante do tanque de combustível não chegou a atingir a estrutura do Discovery, o que evitou uma repetição das causas da tragédia da Columbia, em fevereiro de 2003. No entanto, o incidente gerou nervosismo suficiente para que a Nasa suspendesse indefinidamente as futuras missões à ISS.
A análise do jornal acontece enquanto os tripulantes do Discovery continuam realizando trabalhos de limpeza e fornecimento de materiais à estação espacial.
Os astronautas voltarão à Terra com aproximadamente 13 toneladas de "lixo" e outros materiais que a estação não precisa mais, segundo a Nasa.
"É como limpar um armário ou uma garagem. É muito trabalho", disse Mark Ferring, diretor de vôos da Nasa, ao descrever parte das tarefas que os astronautas realizarão hoje.
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Os profissionais da Nasa minimizaram os riscos da missão do ônibus espacial Discovery e nunca discutiram o possível desprendimento de fragmentos de isolante, informou neste domingo o jornal "The New York Times".
Durante uma reunião a portas fechadas em 24 de junho, as autoridades da Nasa consideraram que o risco de que o Discovery sofresse prejuízos com o desprendimento de materiais do tanque de combustível durante a decolagem tinha se reduzido a "níveis aceitáveis", afirmou o jornal.
Ao discutir as condições para o lançamento do Discovery na terça-feira passada, a Nasa não falou sobre a possibilidade de que um pedaço do isolante se soltasse do tanque de combustível, porque já tinha descartado a hipótese alguns meses antes, ao elaborar uma lista de assuntos que não requeriam ação urgente, acrescentou.
O Discovery foi lançada do Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, na Flórida, dois anos e meio depois da tragédia da nave Columbia, que se desintegrou ao entrar na Terra, matando os sete tripulantes.
Mas, na terça-feira passada, as afirmações da Nasa --de que contava com o tanque de combustível mais seguro na história das naves-- foram contrariadas dois minutos depois da decolagem da Discovery em direção à ISS (Estação Espacial Internacional).
O desprendimento de pedaços de isolante durante o lançamento obrigou as autoridades da agência espacial americana a suspender as futuras missões por tempo indefinido até resolver o problema.
A Nasa investiu milhões de dólares desde 2003 para melhorar o desenho do tanque externo, mas reconheceu que o assunto requer mais trabalho.
O incidente da terça-feira passada é parte de "uma cadeia de oportunidades não aproveitadas e julgamento questionável, não só a partir do desastre da Columbia, mas de todo o programa de naves", afirmou o jornal "The New York Times".
As autoridades não fizeram testes preparatórios que poderiam ter sido úteis, "nem buscaram com seriedade soluções inovadoras", disse o jornal.
"Após dois anos e meio (desde o desastre da Columbia), deviam ter sido capazes de regular o isolante", disse ao jornal Paul Czysz, professor de engenharia aeronáutica da Universidade St. Louis e consultor da Nasa.
O desprendimento do pedaço de isolante do tanque de combustível não chegou a atingir a estrutura do Discovery, o que evitou uma repetição das causas da tragédia da Columbia, em fevereiro de 2003. No entanto, o incidente gerou nervosismo suficiente para que a Nasa suspendesse indefinidamente as futuras missões à ISS.
A análise do jornal acontece enquanto os tripulantes do Discovery continuam realizando trabalhos de limpeza e fornecimento de materiais à estação espacial.
Os astronautas voltarão à Terra com aproximadamente 13 toneladas de "lixo" e outros materiais que a estação não precisa mais, segundo a Nasa.
"É como limpar um armário ou uma garagem. É muito trabalho", disse Mark Ferring, diretor de vôos da Nasa, ao descrever parte das tarefas que os astronautas realizarão hoje.
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