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08/10/2005 - 09h10

Ricos bebem mais do que os pobres, diz estudo

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da Folha Online

Os ricos bebem mais, mas sofrem menos com os efeitos do álcool, já que tomam bebidas de qualidade, comprometem menos sua renda com isso, são bem nutridos e contam com melhores serviços médicos. A constatação é de um estudo divulgado pela Agência USP de Notícias.

A nutricionista Valéria Simone Furtado Ikeda traçou uma espécie de perfil socioeconômico do consumo de bebidas alcoólicas na cidade de São Paulo. Ela aplicou a pesquisa em 2.453 residências. O resultado está em seu estudo de mestrado.

Segundo a pesquisadora, de maneira geral, os hábitos de consumo alcoólico dos paulistanos podem ser separados de acordo com o seu poder aquisitivo.

"Podemos dizer, grosso modo, que a classe alta sai para tomar uísque e cerveja, enquanto a classe média prefere chope. Já as faixas mais pobres acabam consumindo aguardente, pois é mais barato."

Quanto mais se ganha, mais se gasta com bebidas e mais se bebe. Em média, os ricos compram 36,79 litros mensalmente --acima dos 29,1 litros adquiridos pelos pobres.

Em média, os gastos com bebidas comprometem 33,4% do orçamento familiar de lares com renda mensal de até R$ 250. Mas o valor gasto por cada residência não é tão grande (R$ 41,75, em média).

Mesmo assim, isso significa que, por causa da bebidas, famílias mais pobres reduzem suas despesas com educação, habitação, alimentação e outras, segundo a nutricionista.

Já os ricos gastam mensalmente R$ 324,60 com o consumo de bebidas, mas isso só compromete 2,6% de sua renda familiar.

Os mais abastados também consomem cachaça--a bebida preferida dos pobres, segundo a pesquisa. Mas a cachaça que o rico bebe tem um valor muito maior que a consumida pelos mais pobres.

Objetivo da pesquisa

A pesquisadora afirma que, em seu estudo, estão os dados iniciais para a conscientização da população sobre o consumo de álcool.

Ela recomenda que mais pesquisas sejam feitas no intuito de entender os impactos sociais, econômicos e na saúde pública decorrentes do uso abusivo.

"A melhor forma de combater o alcoolismo é informar e educar a população, principalmente os mais jovens."

O estudo foi apresentado no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Nutrição Humana Aplicada da USP.

Com informações da Agência USP de Notícias

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