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12/10/2005
-
09h23
RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo
Mosquitos machos com aparelho sexual fluorescente serão a mais nova arma contra a malária, segundo estudo a ser publicado em novembro da revista científica "Nature Biotechnology".
Mesmo com as suas gônadas brilhando no escuro, esses mosquitos conseguiram atrair e copular em laboratório com fêmeas, as verdadeiras bandidas da espécie. Pois só as fêmeas do gênero Anopheles chupam sangue e transmitem o micróbio da malária.
Teoricamente seria possível tentar diminuir a população de mosquitos soltando bichos esterilizados na natureza, como já se faz com moscas que afetam a agricultura. Mas mesmo uma fêmea estéril chupa sangue e pode inocular uma pessoa com o plasmódio, o ser que causa a malária.
O ideal seria lançar no ambiente apenas machos estéreis. Mas a questão básica era descobrir como distinguir machos de fêmeas para produzi-los em massa.
A resposta está em artigo escrito por Andrea Crisanti, do Imperial College, de Londres, e mais dois colegas. Eles conseguiram modificar geneticamente o mosquito de modo a incorporar genes de bioluminescência nas gônadas, para que já estejam visíveis mesmo durante o estágio de larva do mosquito. Isso tende a facilitar muito a produção em "fábricas de mosquito", ainda mais com máquinas capazes de separar as larvas masculinas e femininas.
É um avanço que torna mais aceitável a soltura de mosquitos transgênicos. Como dizem os autores, "foi proposto que, para minimizar os riscos de obter uma avaliação segura da tecnologia de transferência de genes em mosquitos para controle da malária, um primeiro lançamento de insetos transgênicos deveria envolver só mosquitos machos estéreis".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o gênero Anopheles
Fluorescência revela sexo de mosquito, diz estudo
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da Folha de S.Paulo
Mosquitos machos com aparelho sexual fluorescente serão a mais nova arma contra a malária, segundo estudo a ser publicado em novembro da revista científica "Nature Biotechnology".
Mesmo com as suas gônadas brilhando no escuro, esses mosquitos conseguiram atrair e copular em laboratório com fêmeas, as verdadeiras bandidas da espécie. Pois só as fêmeas do gênero Anopheles chupam sangue e transmitem o micróbio da malária.
Teoricamente seria possível tentar diminuir a população de mosquitos soltando bichos esterilizados na natureza, como já se faz com moscas que afetam a agricultura. Mas mesmo uma fêmea estéril chupa sangue e pode inocular uma pessoa com o plasmódio, o ser que causa a malária.
O ideal seria lançar no ambiente apenas machos estéreis. Mas a questão básica era descobrir como distinguir machos de fêmeas para produzi-los em massa.
A resposta está em artigo escrito por Andrea Crisanti, do Imperial College, de Londres, e mais dois colegas. Eles conseguiram modificar geneticamente o mosquito de modo a incorporar genes de bioluminescência nas gônadas, para que já estejam visíveis mesmo durante o estágio de larva do mosquito. Isso tende a facilitar muito a produção em "fábricas de mosquito", ainda mais com máquinas capazes de separar as larvas masculinas e femininas.
É um avanço que torna mais aceitável a soltura de mosquitos transgênicos. Como dizem os autores, "foi proposto que, para minimizar os riscos de obter uma avaliação segura da tecnologia de transferência de genes em mosquitos para controle da malária, um primeiro lançamento de insetos transgênicos deveria envolver só mosquitos machos estéreis".
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