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14/12/2005 - 02h31

EUA lançam projeto para traçar mapa genético do câncer

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da Efe

Cientistas dos EUA anunciaram nesta terça-feira um projeto para traçar o mapa genético do câncer, que registrará as remodelações que ocorrem no DNA das células quando se forma um tumor, com a esperança de desenvolver tratamentos contra o mal.

O projeto "Cancer Genome Atlas", lançado pelo Instituto Nacional de Pesquisa sobre o Genoma Humano e pelo Instituto Nacional contra o Câncer, estará dotado de U$ 100 milhões, anunciaram as duas instituições vinculadas ao governo dos EUA.

Os especialistas sabem que o câncer é uma doença genética, causada por mudanças no ácido desoxirribonucleico (DNA) das células, mas até agora não se tinha desenvolvido uma análise sistemática dessas mutações nos diferentes tumores.

Embora se fale de câncer em geral, a palavra descreve cerca de quase 200 doenças diferentes.

O projeto "irá além das linhas gerais e enumerará a lista completa de alterações genômicas que levam ao câncer", declarou o diretor de genética dos Institutos Nacionais de Saúde americanos, Francis Collins, ao apresentar o plano.

O projeto estabelecerá "uma poderosa rede de pesquisadores, recursos e tecnologia para atalhar o problema do câncer como não se fez até agora", explicou Collins.

O mapa é algo muito mais ambicioso que o projeto para desentranhar o genoma humano, cujos resultados foram apresentados em 2000.

"Falamos, basicamente, de milhares de projetos do genoma humano", explicou Collins, que no entanto considerou que será possível "graças aos avanços em tecnologia".

Até agora, os cientistas conhecem só algumas das mutações, como os oncogenes BRCA1 e BRCA2, causadores de alguns variantes do câncer de mama, mas consideram que há muitas outras.

"Nós as vemos como a ponta do iceberg. Há um número tremendo de alterações", declarou o médico Ron DePinho, da Faculdade de Medicina de Harvard.

Segundo DePinho, o projeto permitirá acelerar de maneira significativa a luta contra a doença, ao permitir que os cientistas possam se concentrar em identificar quais são os genes para os quais têm que ser dirigidos os tratamentos.

O mapa começará como um projeto piloto de três anos, que será centrado de maneira inicial em dois ou três tipos de câncer e se expandirá gradualmente.
 

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