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29/03/2006 - 13h18

Brasil observa quarto eclipse total do século 21

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da France Pesse, em Natal

O Brasil também viu nesta quarta-feira o quarto eclipse total do Sol do século 21. O fenômeno foi visto primeiro em Natal, Rio Grande do Norte, onde às 5h39 (Brasília) iniciou uma trajetória de 14.500 km ao longo de quatro continentes. Pouco depois do amanhecer, a penumbra começou a ocultar o Sol e durante 10 minutos a noite voltou à cidade.

O fenômeno foi visto em uma faixa de 14.500 km que vai do Brasil ao Cazaquistão e só se repetirá dentro de 40 anos.

Em todos os países onde foi possível observar o eclipse foram realizadas campanhas de informação. As autoridades recomendaram aos habitantes que não olhassem diretamente para o Sol sem lentes especiais, para evitar queimaduras irreversíveis na retina.

Também foram adotadas campanhas de prevenção para tranqüilizar a população em várias nações. Em todas as épocas os eclipses do Sol têm sido associados a acontecimentos funestos, como a queda de Constantinopla.

Os cientistas da Turquia explicaram à população que não havia vínculo algum entre o eclipse anterior de 1999 e os dois gigantescos terremotos que mais tarde mataram cerca de 20.000 pessoas.

Mas esse fenômeno não causa apenas temor. Cerca de 7.000 caçadores de eclipses e pesquisadores americanos, britânicos, franceses e alemães viajaram até a Líbia especialmente para esta ocasião. Os cientistas se hospedaram em Wao Namus (2.000 km ao sul de Trípoli) e os astrônomos amadores em Jalo e Battan (nordeste, na fronteira egípcia), onde o fenômeno pôde ser observado durante 3,58 minutos. Nas mesquitas foram organizadas pregações para esta ocasião.

A sombra produzida pela passagem da Lua diante do Sol atravessou em três horas quatro continentes, instaurando em sua passagem a escuridão em pleno dia em Gana, Togo, Benin, Nigéria, Níger, Líbia, Turquia, Geórgia, sul da Rússia e Cazaquistão.

Gana foi o primeiro país africano que conseguiu observar espetáculo. Vários moradores da capital Acra saíram às ruas para observar o eclipse, que também foi transmitido ao vivo pela televisão nacional. Este fenômeno não era observado em Gana há 59 anos.

Os eclipses solares são fenômenos bastante banais, já que acontecem pelo menos duas vezes por ano, aos quais se acrescentam dois eclipses lunares (Terra se intercala entre o Sol e nosso satélite, interceptando a luz que o ilumina).

Porém, muitos eclipses observáveis são parciais: a zona de sombra projetada pela Lua se estende por 7.000 km, enquanto a zona central --o eixo sobre o qual o eclipse é total-- tem apenas 260 km de largura.

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