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30/03/2006
-
09h57
THIAGO REIS
da Agência Folha, em Bauru
Em Bauru (343 km a noroeste de São Paulo), cidade do único astronauta brasileiro, o pai e os irmãos de Marcos Pontes choraram na hora do lançamento. Cerca de 200 pessoas acompanharam a subida da nave espacial na casa da família. Vinte e cinco minutos antes, a maioria dos parentes e amigos rezaram, de mãos dadas, uma Ave-Maria e um Pai Nosso.
Eles também aplaudiram todas as vezes em que o astronauta apareceu no telão, que tinha transmissão direta da TV Nasa.
"É uma coisa que não dá pra mensurar. Um orgulho que não tem tamanho", disse o irmão mais velho, Luiz Carlos, 55.
"É indescritível. Foi a coisa mais emocionante da minha vida", disse a irmã, Rosa. "Eu sempre acreditei muito nele", disse o pai, o aposentado Virgílio de Pontes, 88.
Não se falou em outro assunto ontem na cidade. Os jornais fizeram contagem regressiva e publicaram até pôster do "filho ilustre". Ônibus circulavam no município com a mensagem "Boa viagem, Marcos Pontes". A família, que montou um telão para acompanhar o vôo, passou o dia dando entrevistas e contando como o "rapaz humilde" se tornou o primeiro brasileiro no espaço.
Uniformizados com uma camiseta "Quero ver o verde-e-amarelo no espaço", ambos aguardavam a reunião familiar às 23h29, na casa do irmão, Luiz Carlos.
Além da euforia, havia apreensão. "Falei com ele domingo retrasado, e ele me disse uma coisa que repetia para nossa mãe (morta em 2002): "Torçam por mim e rezem bastante'", afirmou Rosa.
O Sesi, colégio em que Pontes estudou, prestou-lhe homenagem.Cerca de 70 crianças soltaram bexigas de gás brancas ao céu e entoaram a canção "Astronauta de Mármore". Na sala de aula, alunos realizavam experimentos que Pontes fará no espaço.
No ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo), um telão foi instalado para acompanhar a decolagem.
Decepção
Os parentes e amigos disseram estar decepcionados com a falta de apoio da Prefeitura de Bauru. "Pedi para que se decretasse feriado, mas nada. Quando ele voltar, aí vai ter um monte de político de papagaio de pirata na TV", afirmou Marivaldo Brito, 44, amigo de infância de Pontes.
A administração municipal informou que "mais significativas que homenagens públicas são as orações que cada um dos bauruenses estará fazendo [à noite]".
Colaborou Fábio Amato, da Agência Folha
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"É orgulho que não tem tamanho", diz irmão de astronauta
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da Agência Folha, em Bauru
Em Bauru (343 km a noroeste de São Paulo), cidade do único astronauta brasileiro, o pai e os irmãos de Marcos Pontes choraram na hora do lançamento. Cerca de 200 pessoas acompanharam a subida da nave espacial na casa da família. Vinte e cinco minutos antes, a maioria dos parentes e amigos rezaram, de mãos dadas, uma Ave-Maria e um Pai Nosso.
Eles também aplaudiram todas as vezes em que o astronauta apareceu no telão, que tinha transmissão direta da TV Nasa.
"É uma coisa que não dá pra mensurar. Um orgulho que não tem tamanho", disse o irmão mais velho, Luiz Carlos, 55.
"É indescritível. Foi a coisa mais emocionante da minha vida", disse a irmã, Rosa. "Eu sempre acreditei muito nele", disse o pai, o aposentado Virgílio de Pontes, 88.
Não se falou em outro assunto ontem na cidade. Os jornais fizeram contagem regressiva e publicaram até pôster do "filho ilustre". Ônibus circulavam no município com a mensagem "Boa viagem, Marcos Pontes". A família, que montou um telão para acompanhar o vôo, passou o dia dando entrevistas e contando como o "rapaz humilde" se tornou o primeiro brasileiro no espaço.
Uniformizados com uma camiseta "Quero ver o verde-e-amarelo no espaço", ambos aguardavam a reunião familiar às 23h29, na casa do irmão, Luiz Carlos.
Além da euforia, havia apreensão. "Falei com ele domingo retrasado, e ele me disse uma coisa que repetia para nossa mãe (morta em 2002): "Torçam por mim e rezem bastante'", afirmou Rosa.
O Sesi, colégio em que Pontes estudou, prestou-lhe homenagem.Cerca de 70 crianças soltaram bexigas de gás brancas ao céu e entoaram a canção "Astronauta de Mármore". Na sala de aula, alunos realizavam experimentos que Pontes fará no espaço.
No ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo), um telão foi instalado para acompanhar a decolagem.
Decepção
Os parentes e amigos disseram estar decepcionados com a falta de apoio da Prefeitura de Bauru. "Pedi para que se decretasse feriado, mas nada. Quando ele voltar, aí vai ter um monte de político de papagaio de pirata na TV", afirmou Marivaldo Brito, 44, amigo de infância de Pontes.
A administração municipal informou que "mais significativas que homenagens públicas são as orações que cada um dos bauruenses estará fazendo [à noite]".
Colaborou Fábio Amato, da Agência Folha
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