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25/04/2006
-
10h08
REINALDO JOSÉ LOPES
da Folha de S.Paulo
O Brasil começa a cumprir sua parte no acordo que permitiu ao país ser integrante da ISS (Estação Espacial Internacional), e o astronauta Marcos Cesar Pontes veio a São Paulo para visitar a escola do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) que concluiu o protótipo da peça brasileira da estação espacial.
A versão preliminar da peça foi revelada ao público ontem, mas a estrela foi Pontes, como tem acontecido desde seu retorno ao Brasil. Os alunos da Escola Senai Suíço-Brasileira, em Santo Amaro, lotaram o auditório do lugar para aplaudi-lo e cercaram o astronauta (que também foi aluno do Senai quando garoto) com uma parede de telefones celulares, tentando fotografar Pontes.
O protótipo entregue ontem, feito em resina, servirá de base para uma espécie de prateleira de alta tecnologia da ISS. Uma vez colocada na estação, ele permitirá, por exemplo, manter preso um equipamento externo do complexo que esteja passando por manutenção, assegurando a transmissão de dados entre ele e a ISS e impedindo que ele se desgarre no espaço. "O protótipo será homologado, isso demora um pouco. Mas não creio que a Nasa [responsável pela avaliação] coloque alguma dificuldade", disse o presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), Sérgio Gaudenzi.
Em sua versão final, a peça deverá custar entre US$ 6 milhões e US$ 8 milhões. Gaudenzi estima que serão necessários cerca de seis meses para que seja concluída a licitação para produzir a peça final. "Temos a possibilidade de fazer adaptações, porque a idéia é justamente ter uma peça que a indústria brasileira possa fabricar", afirma ele. No total, a participação do Brasil na ISS ficaria em torno de US$ 12 milhões (o total inicial era de US$ 120 milhões).
Bem-humorado, Pontes elogiou a precisão do protótipo. "Eu diria que, mais que milimetricamente, é isso aí", sentenciou. Afirmou também que tinha vontade de voltar ao espaço e até passar seis meses na ISS (tempo normal de um tripulante). "Eu gostaria, gostaria mesmo. O coração fica dividido, porque gostaria de ver outros brasileiros participando. Se outra pessoa for, eu também vou estar apoiando, e muito."
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Escola conclui protótipo de peça brasileira para estação espacial
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da Folha de S.Paulo
O Brasil começa a cumprir sua parte no acordo que permitiu ao país ser integrante da ISS (Estação Espacial Internacional), e o astronauta Marcos Cesar Pontes veio a São Paulo para visitar a escola do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) que concluiu o protótipo da peça brasileira da estação espacial.
A versão preliminar da peça foi revelada ao público ontem, mas a estrela foi Pontes, como tem acontecido desde seu retorno ao Brasil. Os alunos da Escola Senai Suíço-Brasileira, em Santo Amaro, lotaram o auditório do lugar para aplaudi-lo e cercaram o astronauta (que também foi aluno do Senai quando garoto) com uma parede de telefones celulares, tentando fotografar Pontes.
O protótipo entregue ontem, feito em resina, servirá de base para uma espécie de prateleira de alta tecnologia da ISS. Uma vez colocada na estação, ele permitirá, por exemplo, manter preso um equipamento externo do complexo que esteja passando por manutenção, assegurando a transmissão de dados entre ele e a ISS e impedindo que ele se desgarre no espaço. "O protótipo será homologado, isso demora um pouco. Mas não creio que a Nasa [responsável pela avaliação] coloque alguma dificuldade", disse o presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), Sérgio Gaudenzi.
Em sua versão final, a peça deverá custar entre US$ 6 milhões e US$ 8 milhões. Gaudenzi estima que serão necessários cerca de seis meses para que seja concluída a licitação para produzir a peça final. "Temos a possibilidade de fazer adaptações, porque a idéia é justamente ter uma peça que a indústria brasileira possa fabricar", afirma ele. No total, a participação do Brasil na ISS ficaria em torno de US$ 12 milhões (o total inicial era de US$ 120 milhões).
Bem-humorado, Pontes elogiou a precisão do protótipo. "Eu diria que, mais que milimetricamente, é isso aí", sentenciou. Afirmou também que tinha vontade de voltar ao espaço e até passar seis meses na ISS (tempo normal de um tripulante). "Eu gostaria, gostaria mesmo. O coração fica dividido, porque gostaria de ver outros brasileiros participando. Se outra pessoa for, eu também vou estar apoiando, e muito."
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