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04/05/2006 - 10h58

Cientistas identificam lenta recuperação da camada de ozônio

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da Efe, em Londres

A camada de ozônio da Terra, que protege o ambiente das radiações ultravioletas emitidas pelo Sol, passa por uma lenta recuperação, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pela revista científica 'Nature'.

Uma equipe de cientistas americanos e dinamarqueses chegou a esta conclusão após comprovar a eficácia do Protocolo de Montreal (1987), ratificado por mais de 180 países, que proíbe a contaminação pelas emissões do gás CFC (clorofluorcarboneto).

Os pesquisadores, orientados pela professora Betsi Weatherhead, da Universidade do Colorado (EUA), constataram que os níveis de ozônio se estabilizaram ou tiveram um pequeno aumento na última década.

Os cientistas chegaram a esta conclusão após examinarem as informações transmitidas por satélites e observatórios terrestres, assim como dados de 14 estudos.

Outros fatores também contribuíram para interromper a erosão da camada de ozônio, situada a até 32 quilômetros da estratosfera terrestre. Entre eles, efeitos atmosféricos naturais como as mudanças da temperatura do ar, a influência do ciclo solar e a ausência de atividade vulcânica.

'Agora, acreditamos que a camada de ozônio está respondendo à redução dos níveis de cloros na atmosfera por causa da estabilização e diminuição dos gases CFC', disse Weatherhead.

No entanto, a responsável pelo estudo afirmou que o processo de recuperação da camada de ozônio ainda enfrenta 'diversas incertezas', como os efeitos dos gases que provocam o efeito estufa e o aquecimento global.

'Em 50 anos, os gases CFC não serão o fator dominante para controlar o ozônio. Este controle estará relacionado aos gases do efeito estufa, o óxido nitroso e o metano', afirmou a pesquisadora.

Nos anos 80, os cientistas ficaram alarmados ao detectarem o tamanho da destruição da camada de ozônio provocada pelos gases clorofluorcarbonetos utilizados em aparelhos de ar-condicionado, em aerossóis e em produtos para limpeza industrial.

O 'buraco' da camada de ozônio sobre a Antártida já havia sido descoberto na década anterior.

Com o objetivo de reparar o problema, o Protocolo de Montreal foi assinado em 1987 para reduzir a produção de gases CFC, cuja presença na atmosfera é considerada a principal causa do desgaste na camada de ozônio.

Com agências internacionais

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