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22/08/2006
-
19h05
da Folha Online
O esqueleto de uma das muitas espécies pré-históricas de mamíferos, descobertas na Bacia de São José de Itaboraí, na Região Metropolitana, o Carodnia vieirai, foi apresentado nesta terça-feira no anfiteatro do CCMN (Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O esqueleto ficará em exposição até sexta-feira, das 10h às 18h, juntamente com uma pequena exposição sobre o processo de montagem e sobre a bacia de Itaboraí.
Fósseis do Carodnia só foram encontrados até hoje em Itaboraí e na Patagônia, na Argentina, sendo que neste país é conhecido apenas por alguns dentes, enquanto em Itaboraí foi recuperado um esqueleto quase completo.
A exposição do mamífero visa chamar a atenção para a área e, dessa forma, ajudar a revitalizar o Parque Paleontológico de Itaboraí, localizado em São José de Itaboraí, a cerca de 45 quilômetros do Rio. O parque é considerado um dos mais importantes sítios geopaleontológicos e arqueológicos da América do Sul, por registrar fósseis com 70 milhões de anos.
De acordo com a pesquisadora da Faculdade de Geologia da UFRJ responsável pelo trabalho, Lílian Paglarelli Bergqvist, o Carodnia vieirai se destaca da fauna de mamíferos de Itaboraí não apenas por suas características osteológicas e dentárias, mas também pelo seu tamanho. Enquanto a maioria não passa do tamanho de um cão da raça fox terrier, o Carodnia vieirai tinha o tamanho aproximado de uma anta de grande porte, cerca de 2,5 metros e aproximadamente 400 quilos.
O Carodnia vieirai foi encontrado em uma pequena área da Bacia de Itaboraí em 1949, sem qualquer forma. Pesquisadores do Departamento de Geologia da UFRJ trabalharam 14 meses para montar o esqueleto, que chama a atenção pelo seu porte, se comparado aos fósseis encontrados naquele local até o momento.
Ainda segundo Lílian, nenhum mamífero sul-americano do início da era cenozóica (entre 65 e 45 milhões de anos) é conhecido por esqueleto tão completo. "A montagem deste esqueleto tem o objetivo de transformar o conhecimento científico de um dos mais importantes fósseis daquela bacia em linguagem que pode ser compreendida por qualquer pessoa", esclareceu a pesquisadora.
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O esqueleto de uma das muitas espécies pré-históricas de mamíferos, descobertas na Bacia de São José de Itaboraí, na Região Metropolitana, o Carodnia vieirai, foi apresentado nesta terça-feira no anfiteatro do CCMN (Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O esqueleto ficará em exposição até sexta-feira, das 10h às 18h, juntamente com uma pequena exposição sobre o processo de montagem e sobre a bacia de Itaboraí.
Sergio Morais/Reuters |
Pesquisadores da Geologia da UFRJ trabalharam 14 meses para montar o esqueleto |
A exposição do mamífero visa chamar a atenção para a área e, dessa forma, ajudar a revitalizar o Parque Paleontológico de Itaboraí, localizado em São José de Itaboraí, a cerca de 45 quilômetros do Rio. O parque é considerado um dos mais importantes sítios geopaleontológicos e arqueológicos da América do Sul, por registrar fósseis com 70 milhões de anos.
De acordo com a pesquisadora da Faculdade de Geologia da UFRJ responsável pelo trabalho, Lílian Paglarelli Bergqvist, o Carodnia vieirai se destaca da fauna de mamíferos de Itaboraí não apenas por suas características osteológicas e dentárias, mas também pelo seu tamanho. Enquanto a maioria não passa do tamanho de um cão da raça fox terrier, o Carodnia vieirai tinha o tamanho aproximado de uma anta de grande porte, cerca de 2,5 metros e aproximadamente 400 quilos.
O Carodnia vieirai foi encontrado em uma pequena área da Bacia de Itaboraí em 1949, sem qualquer forma. Pesquisadores do Departamento de Geologia da UFRJ trabalharam 14 meses para montar o esqueleto, que chama a atenção pelo seu porte, se comparado aos fósseis encontrados naquele local até o momento.
Ainda segundo Lílian, nenhum mamífero sul-americano do início da era cenozóica (entre 65 e 45 milhões de anos) é conhecido por esqueleto tão completo. "A montagem deste esqueleto tem o objetivo de transformar o conhecimento científico de um dos mais importantes fósseis daquela bacia em linguagem que pode ser compreendida por qualquer pessoa", esclareceu a pesquisadora.
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