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26/08/2006
-
10h51
CRISTINA TARDÁGUILA
da Folha de S.Paulo, no Rio
Um grupo de 11 países, entre os quais o Brasil, quer implantar até 2016 uma espécie de "Big Brother" planetário, cuja meta é vigiar a Terra em busca de sinais de desastres naturais como tsunamis, furacões e grandes enchentes e prever esses eventos com o máximo de antecedência.
O projeto, batizado de Geoss (Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra), foi apresentado conjuntamente por brasileiros e americanos nesta semana, no Rio de Janeiro. O país vai participar por meio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
"É um dever do nosso país monitorar a floresta amazônica, o Pantanal e o cerrado, mas temos um orçamento limitado para isso. Um país como o Brasil tem de ter prioridades. No Geoss, há um benefício claro ao podermos utilizar informações resultantes do investimento de outros países", afirmou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara. "O Brasil vai colocar uma parte e receber mais do que colocou."
A intenção é que o sistema reúna todos os dados meteorológicos e geológicos colhidos por satélites, bóias, sismômetros e outros dispositivos. Hoje, essas informações estão dispersas, mas com o projeto elas poderão ser integradas de forma a gerar previsões detalhadas.
A coordenação do Geoss ficará a cargo da Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), agência do governo americano. Seu diretor, Conrad Lautenbacher, veio ao Rio para defender o projeto.Os primeiros sistemas do Geoss a entrarem em operação serão os de detecção de tsunamis (em 2007) e de controle de epidemias tropicais (em 2008).
Estima-se que, só entre 1990 e 1999, 500 mil pessoas tenham morrido no mundo em decorrência de desastres naturais. O dano econômico no mesmo período ficaria em torno de US$ 750 bilhões.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Geoss
Brasil integra rede mundial para prever desastre natural
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Um grupo de 11 países, entre os quais o Brasil, quer implantar até 2016 uma espécie de "Big Brother" planetário, cuja meta é vigiar a Terra em busca de sinais de desastres naturais como tsunamis, furacões e grandes enchentes e prever esses eventos com o máximo de antecedência.
O projeto, batizado de Geoss (Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra), foi apresentado conjuntamente por brasileiros e americanos nesta semana, no Rio de Janeiro. O país vai participar por meio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
"É um dever do nosso país monitorar a floresta amazônica, o Pantanal e o cerrado, mas temos um orçamento limitado para isso. Um país como o Brasil tem de ter prioridades. No Geoss, há um benefício claro ao podermos utilizar informações resultantes do investimento de outros países", afirmou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara. "O Brasil vai colocar uma parte e receber mais do que colocou."
A intenção é que o sistema reúna todos os dados meteorológicos e geológicos colhidos por satélites, bóias, sismômetros e outros dispositivos. Hoje, essas informações estão dispersas, mas com o projeto elas poderão ser integradas de forma a gerar previsões detalhadas.
A coordenação do Geoss ficará a cargo da Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), agência do governo americano. Seu diretor, Conrad Lautenbacher, veio ao Rio para defender o projeto.Os primeiros sistemas do Geoss a entrarem em operação serão os de detecção de tsunamis (em 2007) e de controle de epidemias tropicais (em 2008).
Estima-se que, só entre 1990 e 1999, 500 mil pessoas tenham morrido no mundo em decorrência de desastres naturais. O dano econômico no mesmo período ficaria em torno de US$ 750 bilhões.
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