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11/12/2000 - 16h18

Especialista diz que desenho Pokémon tem mensagens subliminares

da Folha Online

O professor Flávio Calazans, da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero, de São Paulo, afirma que o desenho Pokémon faz uso de mensagens subliminares.

Em 1997, mais de 700 pessoas foram internadas no Japão, na maioria crianças e adolescentes, após assistirem um episódio.

Vinte minutos após uma cena em que o Pikachu piscou suas bochechas para disparar um raio, telespectadores de 3 a 58 anos passaram a desmaiar, ter convulsões, hemorragias nasais, olhos irritados, apresentar vômitos, paradas respiratórias, dores de cabeça, tonturas, entre outros sintomas que levavam os numerosos diagnósticos de internação hospitalar a registrarem ataque epilético.

Segundo Calazans, "o fenômeno se deve às técnicas hipnóticas para aumentar a identificação do telespectador, o que os desenhistas de animação japonesa conhecem como shigeki, termo que designa um forte estímulo visual que prende a atenção. Uma subdivisão desta técnica é chamado paka-paka, o pisca-pisca, luzes de determinadas cores piscando em velocidade taquicoscópica-subliminar, mais veloz que uma lâmpada de estroboscópio usada em boates".

O pesquisador garante que o pisca-pisca induz praticamente a um transe hipnótico. A rápida alternância de luzes e cores provoca um estresse visual, e o cérebro se defende liberando serotonina, que induz a um tipo relaxamento.

Para ele, a criança que assiste ao desenho acaba associando seus personagens à sensação provocada pelas imagens, num mecanismo semelhante ao que ocorre com o uso de determinadas drogas.

"Quando a criança pede para comprar um brinquedo, ela está querendo comprar o repouso provocado pelo programa. Isso explica, inclusive, porque elas gostam de assistir repetidas vezes os mesmos episódios", informa Calazans.

Sobre o acidente com as crianças em 1997, o pesquisador diz que ocorreu porque as bochechas de Pikachu piscaram 10,8 vezes por segundo, alternando as cores vermelho, brando e azul.

"Mais de dez imagens por segundo ocasionam um efeito que a midiologia subliminar denomina clutter, saturação, overdose, hipertelia, um processo cujo resultado foi a epilepsia televisiva", informa.

"O vermelho acelera o batimento cardíaco e eleva a pressão sanguínea, ao passo que o azul provoca um efeito oposto. A alternância causou um curto-circuito epiléptico", diz Calazans.

Na Inglaterra, ele lembra, é proibido por lei piscar luzes na TV mais rápido que três vezes por segundo.

As informações são da Agência Brasil.
 

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