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13/10/2006
-
18h49
da Folha Online
"Em se tratando de uma caridade anônima, relacionada a causas das quais não se têm retorno, o que poderia motivar o doador?", questiona reportagem desta quinta-feira na "The Economist". De acordo com a revista, a neurociência explica que doar nos faz sentir bem.
Pesquisadores do National Institute of Neurological Disorders and Stroke, em Bethesda (Maryland), quiseram descobrir as bases neurais de atos altruístas. Eles pesquisaram o cérebro de 19 voluntários enquanto escolhiam se guardariam o dinheiro ou doariam. Os pesquisadores usaram as imagens de uma técnica chamada de ressonância magnética funcional, que mapeia a atividade cerebral em várias partes do cérebro. O resultado foi publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences" (www.pnas.org) desta semana.
O estudo foi feito da seguinte forma: distribuíram US$ 128 a cada participante. Disseram-lhes que eles poderiam doar o dinheiro anonimamente a qualquer instituição de caridade de assunto controverso (incluindo uma série de causas como aborto, eutanásia, igualdade sexual, pena de morte, energia nuclear e guerra). O participante poderia aceitar ou rejeitar as seguintes escolhas: doar o dinheiro que não lhe custou nada, doar dinheiro de seu bolso, recusar a doação e não pagar por isso, ou recusar a doação e devolver o dinheiro. Essas situações selaram um conflito entre a motivação dos voluntários em se recompensarem, ficando com o dinheiro, e o desejo de doar ou de apoiar uma causa com a qual eles se identificavam
Com este dilema em suas mentes, os pesquisadores foram capazes de examinar o que acontecia na cabeça de cada participante enquanto realizavam decisões baseadas em critérios morais. A parte do cérebro ativada quando uma doação acontecia seria o centro de recompensa do cérebro --o caminho mesolímbico--, responsável por liberar dopamina, uma mediadora da euforia associada ao sexo, dinheiro, comida e drogas, afirma a reportagem.
Quando os participantes se opuseram às causas, a parte do cérebro ativada era próxima à última. Esta área, no entanto, é a responsável por decisões envolvendo punição. Uma terceira parte também foi ativada, envolvida com decisões de conflitos de interesse próprio e morais.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre dopamina
Doar por caridade libera dopamina, diz estudo
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"Em se tratando de uma caridade anônima, relacionada a causas das quais não se têm retorno, o que poderia motivar o doador?", questiona reportagem desta quinta-feira na "The Economist". De acordo com a revista, a neurociência explica que doar nos faz sentir bem.
Pesquisadores do National Institute of Neurological Disorders and Stroke, em Bethesda (Maryland), quiseram descobrir as bases neurais de atos altruístas. Eles pesquisaram o cérebro de 19 voluntários enquanto escolhiam se guardariam o dinheiro ou doariam. Os pesquisadores usaram as imagens de uma técnica chamada de ressonância magnética funcional, que mapeia a atividade cerebral em várias partes do cérebro. O resultado foi publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences" (www.pnas.org) desta semana.
O estudo foi feito da seguinte forma: distribuíram US$ 128 a cada participante. Disseram-lhes que eles poderiam doar o dinheiro anonimamente a qualquer instituição de caridade de assunto controverso (incluindo uma série de causas como aborto, eutanásia, igualdade sexual, pena de morte, energia nuclear e guerra). O participante poderia aceitar ou rejeitar as seguintes escolhas: doar o dinheiro que não lhe custou nada, doar dinheiro de seu bolso, recusar a doação e não pagar por isso, ou recusar a doação e devolver o dinheiro. Essas situações selaram um conflito entre a motivação dos voluntários em se recompensarem, ficando com o dinheiro, e o desejo de doar ou de apoiar uma causa com a qual eles se identificavam
Com este dilema em suas mentes, os pesquisadores foram capazes de examinar o que acontecia na cabeça de cada participante enquanto realizavam decisões baseadas em critérios morais. A parte do cérebro ativada quando uma doação acontecia seria o centro de recompensa do cérebro --o caminho mesolímbico--, responsável por liberar dopamina, uma mediadora da euforia associada ao sexo, dinheiro, comida e drogas, afirma a reportagem.
Quando os participantes se opuseram às causas, a parte do cérebro ativada era próxima à última. Esta área, no entanto, é a responsável por decisões envolvendo punição. Uma terceira parte também foi ativada, envolvida com decisões de conflitos de interesse próprio e morais.
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