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06/02/2007
-
09h51
CAROLINA VILA-NOVA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse ontem que está estudando a criação de um cargo de embaixador especial para a mudança de clima em sua pasta.
A declaração foi feita em entrevista coletiva ao lado do chanceler canadense, Peter MacKay, que está no Brasil para discutir comércio, projetos de cooperação na área ambiental e energia e a colaboração dos dois países na Missão de Estabilização da ONU no Haiti.
A criação do cargo, de acordo com Amorim, foi discutida, de maneira incipiente, dentro do Itamaraty. O chanceler brasileiro disse ainda que Brasil e Canadá pretendem reativar um programa de agenda comum sobre o ambiente, incorporando a essa agenda a mudança climática.
"Somos países muito importantes para ficarmos ausentes dessas discussões", afirmou. "Podemos trabalhar juntos na tentativa de encontrar técnicas melhores e mais limpas para manter o setor energético seguro, reconhecendo, ao mesmo tempo, nossas responsabilidades globais no que diz respeito às mudanças climáticas", disse MacKay.
Amorim não deixou de dar uma alfinetada nos "vizinhos do norte". "Nós podemos fazer mais para evitar o desmatamento, para ter projetos de desenvolvimento sustentável, mas se as emissões de gás no hemisfério Norte continuarem nos níveis em que estão, nós podemos fazer tudo o que pedem, e mais alguma coisa, e a Amazônia acabará como floresta", afirmou.
"É por isso que o Brasil não quer ter uma posição meramente reativa, como às vezes aparenta, nós queremos ser muito ativos."
O Canadá é um grande produtor de petróleo, e o governo do conservador Stephen Harper chegou a dizer que rejeitaria o Protocolo de Kyoto contra os gases-estufa, recuando da decisão depois.
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Brasil poderá ter embaixador para o clima
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse ontem que está estudando a criação de um cargo de embaixador especial para a mudança de clima em sua pasta.
A declaração foi feita em entrevista coletiva ao lado do chanceler canadense, Peter MacKay, que está no Brasil para discutir comércio, projetos de cooperação na área ambiental e energia e a colaboração dos dois países na Missão de Estabilização da ONU no Haiti.
A criação do cargo, de acordo com Amorim, foi discutida, de maneira incipiente, dentro do Itamaraty. O chanceler brasileiro disse ainda que Brasil e Canadá pretendem reativar um programa de agenda comum sobre o ambiente, incorporando a essa agenda a mudança climática.
"Somos países muito importantes para ficarmos ausentes dessas discussões", afirmou. "Podemos trabalhar juntos na tentativa de encontrar técnicas melhores e mais limpas para manter o setor energético seguro, reconhecendo, ao mesmo tempo, nossas responsabilidades globais no que diz respeito às mudanças climáticas", disse MacKay.
Amorim não deixou de dar uma alfinetada nos "vizinhos do norte". "Nós podemos fazer mais para evitar o desmatamento, para ter projetos de desenvolvimento sustentável, mas se as emissões de gás no hemisfério Norte continuarem nos níveis em que estão, nós podemos fazer tudo o que pedem, e mais alguma coisa, e a Amazônia acabará como floresta", afirmou.
"É por isso que o Brasil não quer ter uma posição meramente reativa, como às vezes aparenta, nós queremos ser muito ativos."
O Canadá é um grande produtor de petróleo, e o governo do conservador Stephen Harper chegou a dizer que rejeitaria o Protocolo de Kyoto contra os gases-estufa, recuando da decisão depois.
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