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30/03/2007
-
10h08
da France Presse
Mulheres infectadas pelo HIV que alimentam seus filhos apenas com leite materno podem reduzir de maneira significativa o risco de transmitir o vírus causador da Aids para as crianças, revela um estudo publicado na edição desta sexta-feira da revista médica britânica "The Lancet".
A promoção da amamentação é um grande dilema para os envolvidos na prevenção da Aids, porque pode servir de vetor de transmissão do vírus para a criança.
Até agora, este risco de transmissão pós-natal era considerado muito alto: entre 10% e 20%.
O artigo diz, entretanto, que as estimativas de risco não distinguiam entre a amamentação exclusiva e a alimentação mista, na qual a criança é parcialmente amamentada e parcialmente alimentada com comida sólida ou fórmula infantil.
Os dados do estudo, focado na relação entre a alimentação infantil e a transmissão mãe-filho do HIV, realizado por dois cientistas sul-africanos, levaram a uma revisão das diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a prevenção da Aids em recém-nascidos.
Estudo
Os cientistas recrutaram grávidas atendidas em clínicas pré-natais em KwaZulu-Natal, a província da África do Sul mais afetada pela Aids.
A maioria das mulheres foi incluída em um grupo que apenas amamentou seus filhos. As outras foram incluídas em dois outros grupos: o primeiro, de alimentação mista, e o segundo, que adotou exclusivamente comida ou fórmula infantil para alimentar os filhos.
Depois de três meses, a taxa de infecção por HIV entre o grupo que amamentou exclusivamente foi de 4,04%.
Entre o grupo que fez uso da alimentação mista, os bebês que receberam a fórmula láctea junto com leite materno se mostraram duas vezes mais propensos à infecção por HIV.
Aqueles que se alimentaram com comida sólida --normalmente mingau de cereais-- mostraram-se 11 vezes mais propensos à infecção do que o grupo exclusivamente lactente.
Além disso, a taxa de mortalidade aos três meses entre os bebês alimentados somente com leite materno foi de 6,1%, enquanto a dos que receberam alimentação substitutiva foi de 15,1%.
Causas
Um dos principais autores do estudo, Nigel Rollins, da Universidade de KwaZulu-Natal, disse que os motivos de a alimentação mista representar um risco maior de infecção ainda precisam ser investigados.
Uma das causas levantadas é que as proteínas encontradas na fórmula láctea aumentam a vulnerabilidade do organismo da criança ao HIV, afirmou Rollins.
Ao todo, 1.372 crianças foram acompanhadas no estudo, 83% das quais pertenciam ao grupo alimentado exclusivamente com leite materno.
OMS
O artigo é um dos três grandes estudos examinados em outubro passado por um painel de especialistas da OMS, que sugeriu mudanças nas diretrizes de amamentação da organização, estabelecidas em 2000.
Estas diretrizes recomendam às mulheres infectadas com HIV que amamentem exclusivamente seus bebês nos primeiros seis meses de vida, a menos que haja disponibilidade de comida substitutiva de boa qualidade, segura e acessível.
Quando esse alimento substitutivo estiver disponível, a mãe deve adotá-lo por completo e parar de amamentar, a fim de impedir o risco de infecção.
Segundo a agência OnuAids, a cada ano, mais de 300 mil crianças são infectadas com o vírus da imunodeficiência humana depois do nascimento.
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A promoção da amamentação é um grande dilema para os envolvidos na prevenção da Aids, porque pode servir de vetor de transmissão do vírus para a criança.
Até agora, este risco de transmissão pós-natal era considerado muito alto: entre 10% e 20%.
O artigo diz, entretanto, que as estimativas de risco não distinguiam entre a amamentação exclusiva e a alimentação mista, na qual a criança é parcialmente amamentada e parcialmente alimentada com comida sólida ou fórmula infantil.
Os dados do estudo, focado na relação entre a alimentação infantil e a transmissão mãe-filho do HIV, realizado por dois cientistas sul-africanos, levaram a uma revisão das diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a prevenção da Aids em recém-nascidos.
Estudo
Os cientistas recrutaram grávidas atendidas em clínicas pré-natais em KwaZulu-Natal, a província da África do Sul mais afetada pela Aids.
A maioria das mulheres foi incluída em um grupo que apenas amamentou seus filhos. As outras foram incluídas em dois outros grupos: o primeiro, de alimentação mista, e o segundo, que adotou exclusivamente comida ou fórmula infantil para alimentar os filhos.
Depois de três meses, a taxa de infecção por HIV entre o grupo que amamentou exclusivamente foi de 4,04%.
Entre o grupo que fez uso da alimentação mista, os bebês que receberam a fórmula láctea junto com leite materno se mostraram duas vezes mais propensos à infecção por HIV.
Aqueles que se alimentaram com comida sólida --normalmente mingau de cereais-- mostraram-se 11 vezes mais propensos à infecção do que o grupo exclusivamente lactente.
Além disso, a taxa de mortalidade aos três meses entre os bebês alimentados somente com leite materno foi de 6,1%, enquanto a dos que receberam alimentação substitutiva foi de 15,1%.
Causas
Um dos principais autores do estudo, Nigel Rollins, da Universidade de KwaZulu-Natal, disse que os motivos de a alimentação mista representar um risco maior de infecção ainda precisam ser investigados.
Uma das causas levantadas é que as proteínas encontradas na fórmula láctea aumentam a vulnerabilidade do organismo da criança ao HIV, afirmou Rollins.
Ao todo, 1.372 crianças foram acompanhadas no estudo, 83% das quais pertenciam ao grupo alimentado exclusivamente com leite materno.
OMS
O artigo é um dos três grandes estudos examinados em outubro passado por um painel de especialistas da OMS, que sugeriu mudanças nas diretrizes de amamentação da organização, estabelecidas em 2000.
Estas diretrizes recomendam às mulheres infectadas com HIV que amamentem exclusivamente seus bebês nos primeiros seis meses de vida, a menos que haja disponibilidade de comida substitutiva de boa qualidade, segura e acessível.
Quando esse alimento substitutivo estiver disponível, a mãe deve adotá-lo por completo e parar de amamentar, a fim de impedir o risco de infecção.
Segundo a agência OnuAids, a cada ano, mais de 300 mil crianças são infectadas com o vírus da imunodeficiência humana depois do nascimento.
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