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02/04/2007
-
16h05
da Folha Online
Pessoas que têm o sono interrompido continuamente, por fatores como insônia ou bebês pequenos, podem se tornar mais suscetíveis à dor, sugere um estudo preliminar.
Em experiência realizada em um laboratório do sono com 32 mulheres jovens, pesquisadores concluíram que aquelas que foram sujeitas a repetidas interrupções no sono durante três noites apresentaram mudança na percepção da dor.
A habilidade do corpo de inibir sinais de dor declinou, e as mulheres relataram sentir mais dores "espontâneas", como dores nas costas ou cólicas, nos dias após as noites mal dormidas.
Esse não foi o caso de participantes da pesquisa que puderam dormir apenas por algumas horas mas não tiveram o sono interrompido. Elas dormiram o mesmo tempo que aquelas que tiveram o sono atrapalhado, mas sua percepção de dor pareceu não ser alterada.
Isso sugere que acordar repetidamente durante a noite pode ter um efeito particular no processamento da dor pelo cérebro, dizem os autores do estudo na publicação americana "Sleep".
"Não é apenas a perda do total de sono, é a fragmentação", disse o chefe dos pesquisadores, Michael T. Smith, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (EUA).
Com isso, o sono fragmentado pode contribuir para piorar a dor crônica em pessoas com fibromialgia, por exemplo.
Método
A experiência com as 32 mulheres durou uma semana. Nas primeiras duas noites, as participantes dormiram por um período normal de oito horas.
Elas foram dividias em três grupos nas três noites seguintes: um grupo que era freqüentemente acordado; um grupo que ficou acordado até tarde e acordou cedo; e um grupo de controle, que continuou a ter boas noites de sono.
Ao longo do estudo, a percepção da dor foi medida nas mulheres. Em um primeiro teste, pressão foi colocada sobre os músculos dos braços até elas dizerem que sentiam dor.
Em um segundo teste, a pressão foi colocada sobre um braço enquanto a outra mão era imersa em água fria. Normalmente, o choque da água fria diminuiria a dor percebida no outro braço, com a entrada do sistema de inibição de dor do corpo.
No entanto, essa inibição natural da dor pareceu não funcionar direito nas participantes com o sono interrompido. Elas também reportaram sentir mais dores nos dias depois das noites mal dormidas.
Pessoas que possuem tanto dores crônicas como problemas em dormir deveriam procurar terapia para ajudar no problema do sono, sugeriu Smith.
Uma sugestão para combater a insônia, disse, é restringir a quantidade de tempo que o paciente dorme; embora isso signifique dormir apenas por algumas horas no começo, seria um sono sólido e sem interrupções.
Esse tipo de terapia, ao reduzir o sono fragmentado, pode ajudar as pessoas com dores crônicas, afirmou Smith.
Com Reuters
Especial
Leia o que já foi publicado sobre distúrbios do sono
Sono fragmentado pode alterar percepção da dor, diz estudo
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Pessoas que têm o sono interrompido continuamente, por fatores como insônia ou bebês pequenos, podem se tornar mais suscetíveis à dor, sugere um estudo preliminar.
Em experiência realizada em um laboratório do sono com 32 mulheres jovens, pesquisadores concluíram que aquelas que foram sujeitas a repetidas interrupções no sono durante três noites apresentaram mudança na percepção da dor.
A habilidade do corpo de inibir sinais de dor declinou, e as mulheres relataram sentir mais dores "espontâneas", como dores nas costas ou cólicas, nos dias após as noites mal dormidas.
Esse não foi o caso de participantes da pesquisa que puderam dormir apenas por algumas horas mas não tiveram o sono interrompido. Elas dormiram o mesmo tempo que aquelas que tiveram o sono atrapalhado, mas sua percepção de dor pareceu não ser alterada.
Isso sugere que acordar repetidamente durante a noite pode ter um efeito particular no processamento da dor pelo cérebro, dizem os autores do estudo na publicação americana "Sleep".
"Não é apenas a perda do total de sono, é a fragmentação", disse o chefe dos pesquisadores, Michael T. Smith, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (EUA).
Com isso, o sono fragmentado pode contribuir para piorar a dor crônica em pessoas com fibromialgia, por exemplo.
Método
A experiência com as 32 mulheres durou uma semana. Nas primeiras duas noites, as participantes dormiram por um período normal de oito horas.
Elas foram dividias em três grupos nas três noites seguintes: um grupo que era freqüentemente acordado; um grupo que ficou acordado até tarde e acordou cedo; e um grupo de controle, que continuou a ter boas noites de sono.
Ao longo do estudo, a percepção da dor foi medida nas mulheres. Em um primeiro teste, pressão foi colocada sobre os músculos dos braços até elas dizerem que sentiam dor.
Em um segundo teste, a pressão foi colocada sobre um braço enquanto a outra mão era imersa em água fria. Normalmente, o choque da água fria diminuiria a dor percebida no outro braço, com a entrada do sistema de inibição de dor do corpo.
No entanto, essa inibição natural da dor pareceu não funcionar direito nas participantes com o sono interrompido. Elas também reportaram sentir mais dores nos dias depois das noites mal dormidas.
Pessoas que possuem tanto dores crônicas como problemas em dormir deveriam procurar terapia para ajudar no problema do sono, sugeriu Smith.
Uma sugestão para combater a insônia, disse, é restringir a quantidade de tempo que o paciente dorme; embora isso signifique dormir apenas por algumas horas no começo, seria um sono sólido e sem interrupções.
Esse tipo de terapia, ao reduzir o sono fragmentado, pode ajudar as pessoas com dores crônicas, afirmou Smith.
Com Reuters
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