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16/04/2007 - 19h18

Alemães acham corpo de peregrino mumificado com técnicas egípcias

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da France Presse, em Berlim

O corpo de um peregrino da Idade Média, encontrado em escavações em um cemitério de Iena, na Turíngia (centro-oeste da Alemanha), foi mumificado segundo as técnicas do Egito antigo, revelaram arqueólogos alemães após vários anos de análise.

O esqueleto foi descoberto em 2002 durante investigações de tumbas que datavam do período medieval, nos arredores da igreja de São Miguel, em Iena.

O crânio atraiu a atenção dos especialistas devido a uma substância negra, encontrada perto das cavidades do nariz e do olho esquerdo. Após três anos de análises, entre 2003 e 2006, os cientistas constataram que a substância negra era betume.

"Essa técnica de embalsamamento era típica do Egito antigo", explicou Sandra Bock, antropóloga do Instituto de Arqueologia e de Conservação de Monumentos de Turíngia, que participou das escavações.

"Ela consiste em introduzir betume no crânio através dos orifícios nasais, após a retirada do cérebro e das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal)", acrescentou.

Outro enigma que deixou os cientistas perplexos por um bom tempo foi o fato de uma pessoa falecida no século 13 e mumificada segundo um procedimento do Egito antigo ter sido enterrada em Iena.

Análises permitiram precisar que se tratava de um morador de Turíngia.

"Era um alemão, de estatura robusta, ao redor de 1,70 metro", detalhou a antropóloga. "Supomos que ele morreu no Oriente, exatamente no Egito", ressaltou.

O homem teria morrido nesta região durante uma peregrinação e teria sido mumificado para que o corpo pudesse ser transportado para sua terra natal, concluíram os investigadores.

O fato de seus restos terem sido levados por milhares de quilômetros, assim como os materiais utilizados e a raridade da técnica, levam a crer que o homem pertencia a uma classe social alta de Turíngia.

A múmia é a primeira deste tipo encontrada na Europa, declararam os cientistas.

"As técnicas de embalsamamento eram conhecidas no Egito medieval, mas não eram praticadas havia centenas de anos", enfatizou Bock.

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