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04/01/2001
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08h11
Cada vez mais, não só aranhas e escorpiões mas também sapos, cobras e lagartos são alvo da pesquisa da indústria farmacêutica, que procura nesses animais substâncias de interesse terapêutico.
Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo) já extraíram da aranha-caranguejeira (Acanthoscurria gomesiana) um composto -a gomesina- que funciona como um antimicrobiano mais eficaz e com efeito mais rápido que os usados tradicionalmente.
Cientistas da UnB (Universidade de Brasília) pesquisam peptídeos de vários anfíbios da região amazônica com atividade contra fungos, cicatrizante e antiinflamatória.
Os peptídeos encontrados pertencem a uma nova classe, ainda não descrita na literatura científica, e testes revelaram que eles são de 10 a 50 vezes mais potentes do que os antibióticos já utilizados.
Como os invertebrados não têm um sistema de defesa tão eficiente quanto os vertebrados, eles dependem desses peptídeos para se proteger, o que torna também mais difícil o desenvolvimento de resistência pelas bactérias.
O Instituto Butantan estuda atualmente as propriedades de várias proteínas presentes no veneno de cobras.
O veneno da jararaca, por exemplo, contém uma proteína -jararagina- que, por ser a principal responsável pela ação hemorrágica da picada, poderá ter aplicação no desenvolvimento de medicamentos antitrombóticos.
Como diz o pesquisador Frederick Sachs, "a indústria farmacêutica tem muito o que aprender com a natureza".
Invertebrados são alvo de pesquisas farmacêuticas
da Folha de S.PauloCada vez mais, não só aranhas e escorpiões mas também sapos, cobras e lagartos são alvo da pesquisa da indústria farmacêutica, que procura nesses animais substâncias de interesse terapêutico.
Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo) já extraíram da aranha-caranguejeira (Acanthoscurria gomesiana) um composto -a gomesina- que funciona como um antimicrobiano mais eficaz e com efeito mais rápido que os usados tradicionalmente.
Cientistas da UnB (Universidade de Brasília) pesquisam peptídeos de vários anfíbios da região amazônica com atividade contra fungos, cicatrizante e antiinflamatória.
Os peptídeos encontrados pertencem a uma nova classe, ainda não descrita na literatura científica, e testes revelaram que eles são de 10 a 50 vezes mais potentes do que os antibióticos já utilizados.
Como os invertebrados não têm um sistema de defesa tão eficiente quanto os vertebrados, eles dependem desses peptídeos para se proteger, o que torna também mais difícil o desenvolvimento de resistência pelas bactérias.
O Instituto Butantan estuda atualmente as propriedades de várias proteínas presentes no veneno de cobras.
O veneno da jararaca, por exemplo, contém uma proteína -jararagina- que, por ser a principal responsável pela ação hemorrágica da picada, poderá ter aplicação no desenvolvimento de medicamentos antitrombóticos.
Como diz o pesquisador Frederick Sachs, "a indústria farmacêutica tem muito o que aprender com a natureza".
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