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12/01/2001 - 17h30

Aspirina pode reduzir pela metade risco de morte por infarto

da Reuters
em Nova York

Quando o assunto é combater doenças cardíacas e derrame, pequenas doses de aspirina correspondem a um poderoso golpe, mas a vitamina E no máximo consegue dar alguns socos, revela uma nova pesquisa.

Em um estudo com cerca de 4.500 homens e mulheres com 50 anos ou mais, pesquisadores italianos descobriram que uma aspirina por dia diminuiu o risco de morte por infarto ou derrame pela metade.

Já as doses diárias de vitamina E não apresentaram benefícios, com a exceção de um risco menor de doenças arteriais nas pernas. As descobertas do estudo coordenado por Maria Carla Roncaglioni, do Instituto de Pesquisa Farmacológica, em Milão, estarão publicadas na edição de amanhã da Lancet.

As pesquisas demonstram de forma consistente que os efeitos de redução da viscosidade no sangue da aspirina em baixas doses protege contra doenças cardiovasculares, mas os estudos sobre vitamina E apresentam resultados conflitantes.

Como um antioxidante, a vitamina E ajuda a neutralizar os radicais livres, substâncias circulantes no organismo que causam danos às células. Algumas pesquisas sugerem que isso se traduz em proteção contra enfarte e derrame.

O atual estudo não deve pôr fim ao debate questionando se a vitamina E é benéfica, mas reforça os resultados de ensaios que sugerem que o suplemento tem poucos efeitos na saúde do coração.

Roncaglioni e sua equipe analisaram homens e mulheres que apresentavam pelo menos um fator de risco para doenças cardiovasculares, como pressão sanguínea alta, diabete ou obesidade. Os participantes foram divididos em grupos que tomaram aspirina e vitamina E, só aspirina, somente vitamina E ou nenhuma das duas.

Os homens e mulheres foram acompanhados por uma média de 3,6 anos antes do ensaio ser interrompido devido ao claro benefício da aspirina.

Os cientistas descobriram que, além de reduzir o risco de morte dos participantes, a aspirina diminuiu seu risco de enfartes e derrames não-fatais, dor no peito e outros problemas cardiovasculares. Já as complicações de sangramento foram mais comuns entre as pessoas no grupo de aspirina, mas com pouca frequência.

Em conjunto com pesquisas anteriores, essas descobertas devem dar aos médicos a "confiança" para recomendar pequenas doses de aspirina para a prevenção dos primeiros enfartes e derrames, de acordo com um editorial publicado com o estudo.

Em relação à vitamina E, afirmou Walter W. Rosser, da Universidade de Toronto, Canadá, qualquer benefício que ela possui parece "fraco e aguarda (alguma) descoberta".
 

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