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07/03/2001 - 12h23

Destruição da Mir vira assunto do dia na Austrália

FÁBIO SEIXAS
enviado da Folha a Melbourne

Passada a comoção causada pela morte de um voluntário no GP da Austrália, abertura do Mundial de F-1, um novo assunto passou a dominar o noticiário no país. Os australianos, agora, especulam sobre as chances de a Mir cair sobre suas cabeças.

Em Melbourne e Sydney, a história do lixo espacial é encarada com preocupação. Isso porque, segundo cálculos de oficiais australianos, existe uma chance em 5.000 de que um pedaço da estação atinja o sudeste da Austrália, onde estão as duas cidades. Emissoras de rádio e TV e sites da Internet teriam só 30 minutos para orientar habitantes de uma cidade antes de um eventual impacto.

"Não há motivos para preocupação. Não estou nem um pouco nervoso", disse David Templeman, chefe do setor, em uma entrevista coletiva em Canberra, capital do país, a aproximadamente 280 km de Sydney. Mas Templeman chegou a fazer uma recomendação: "As pessoas devem ter cuidado para não tocar em nada que caia do espaço, porque o material vai estar muito quente".

Pelos planos russos, a Mir vai se espatifar em pleno oceano, em algum ponto entre as costas da Austrália e do Chile, entre os dias 17 e 20 (veja quadro acima).

O que preocupa os australianos é a possibilidade de uma pane na comunicação com a Mir. Em dezembro, a agência russa "perdeu" a Mir por quase 20 horas.

A Mir está em órbita a uma altitude de 260 quilômetros da Terra, mas vem descendo 1,4 quilômetro por dia. O comando de reentrada será dado quando a estação atingir cerca de 250 quilômetros.

Dois irmãos norte-americanos chegaram a alugar um jato e estão vendendo lugares a US$ 20 mil para que curiosos possam assistir, em pleno ar, à reentrada da Mir. O vôo já conta com cosmonautas russos e astrônomos entre os passageiros. O site da excursão na Internet é www.mirreentry.com.
 

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