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Proteína de 450 milhões de anos ajuda a revelar etapas da evolução
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da France Presse, em Washington
Cientistas da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos, recriaram pela primeira vez uma proteína de 450 milhões de anos, com seus 2.000 átomos --o que permite ajudar a compreender certas etapas da sua evolução até a versão moderna no organismo humano.
"Nunca havíamos conseguido chegar tão longe no tempo [...] e ver tão claramente o desenrolar dos mecanismos pelos quais a evolução conforma uma máquina molecular em escala atômica", afirma Joe Thornton, biólogo e principal autor da pesquisa, publicada na revista "Science".
"Podemos ver exatamente como a evolução agiu sobre a estrutura antiga da proteína e produziu uma nova função crucial para o organismo humano atual", acrescentou.
Os cientistas concentraram-se na proteína chamada receptor glucocorticóide, que desempenha um papel chave na resposta do organismo ao estresse humano utilizando o cortisol.
Foram necessárias apenas sete mutações durante 450 milhões de anos para desenvolver essa função biológica essencial, apontam os pesquisadores. Eles puderam deduzir ainda a ordem em que essas mudanças aconteceram e por que certas mutações teriam provocado a perda total das funções da proteína.
Os cientistas criaram seguidamente uma imagem em três dimensões da proteína como era há 450 milhões de anos, recorrendo a uma técnica de cristalografia por raios-X que permitiu localizar o lugar de cada um dos seus 2.000 átomos.
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