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13/06/2001
-
19h30
da Folha de S.Paulo
Todo mundo sabe que o Sol nasce a leste e se põe a oeste _na Terra. Em Vênus, acontece justamente o contrário: a rotação do planeta faz com que a estrela atravesse o céu na direção oposta. Agora, os cientistas começam a desconfiar que esse fenômeno de giro invertido tem muito mais a ver com uma tendência natural do que com mera coincidência.
No Sistema Solar, apenas Vênus e Urano têm a chamada rotação retrógrada (ou seja, giram em sentido contrário ao dos outros planetas, incluindo a Terra). Os astrônomos acreditam que sua rotação tenha sido, no princípio, como a dos demais planetas.
Com o passar do tempo, pelo atrito entre o manto e o núcleo e pela atividade atmosférica, o planeta teria dado uma cambalhota, e a rotação teria ficado invertida. Só que essa explicação, até agora a mais aceita, exigiria que o eixo de rotação de Vênus tivesse sido, desde o início, bastante inclinado em relação ao plano da órbita.
O novo modelo para explicar a rotação venusiana foi elaborado por Alexandre Correia e Jacques Laskar, ambos do Astronomie et Systémes Dynamiques, em Paris. Ele apresenta duas inovações.
Em primeiro lugar, dispensa (mas não exclui) a cambalhota do planeta. Em segundo, mostra que, diante das características de Vênus, havia desde o princípio uma grande tendência para que ele adquirisse o movimento retrógrado.
Os cientistas testaram seu modelo com cem casos hipotéticos parecidos. "A maioria das condições iniciais levou ao estado atual de Vênus", diz a dupla. O estudo sai amanhã na revista "Nature".
Cientistas elaboram modelo para explicar rotação de Vênus
SALVADOR NOGUEIRAda Folha de S.Paulo
Todo mundo sabe que o Sol nasce a leste e se põe a oeste _na Terra. Em Vênus, acontece justamente o contrário: a rotação do planeta faz com que a estrela atravesse o céu na direção oposta. Agora, os cientistas começam a desconfiar que esse fenômeno de giro invertido tem muito mais a ver com uma tendência natural do que com mera coincidência.
No Sistema Solar, apenas Vênus e Urano têm a chamada rotação retrógrada (ou seja, giram em sentido contrário ao dos outros planetas, incluindo a Terra). Os astrônomos acreditam que sua rotação tenha sido, no princípio, como a dos demais planetas.
Com o passar do tempo, pelo atrito entre o manto e o núcleo e pela atividade atmosférica, o planeta teria dado uma cambalhota, e a rotação teria ficado invertida. Só que essa explicação, até agora a mais aceita, exigiria que o eixo de rotação de Vênus tivesse sido, desde o início, bastante inclinado em relação ao plano da órbita.
O novo modelo para explicar a rotação venusiana foi elaborado por Alexandre Correia e Jacques Laskar, ambos do Astronomie et Systémes Dynamiques, em Paris. Ele apresenta duas inovações.
Em primeiro lugar, dispensa (mas não exclui) a cambalhota do planeta. Em segundo, mostra que, diante das características de Vênus, havia desde o princípio uma grande tendência para que ele adquirisse o movimento retrógrado.
Os cientistas testaram seu modelo com cem casos hipotéticos parecidos. "A maioria das condições iniciais levou ao estado atual de Vênus", diz a dupla. O estudo sai amanhã na revista "Nature".
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