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25/06/2001
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11h41
Dois motivos transformam o Brasil em uma das estrelas da "Crise Global, Ação Global".
Primeiro, o programa de saúde brasileiro é o único entre países em desenvolvimento citado como exemplar pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Segundo relatório da entidade, o Brasil é o único do grupo a dar tratamento gratuito a infectados com o HIV. Estatísticas do início da década passada diziam que o país teria hoje 1,2 milhão de infectados. Os números reais são menos da metade.
O segundo é a grande repercussão da cruzada liderada pelo ministro José Serra (Saúde) contra laboratórios que cobram preços altos de remédios essenciais, como os do coquetel anti-HIV.
Na semana passada, o ministério mandou publicar dois anúncios em jornais dos EUA como "Washington Post" e "New York Times". Um destacava trecho da revista do jornal nova-iorquino que elogiava as ações do governo.
O outro invocava o programa para defender a lei brasileira que autoriza quebra de patente de laboratórios estrangeiros em casos excepcionais. Em fevereiro, os EUA haviam contestado a lei na Organização Mundial do Comércio (OMC), acusando-a de protecionismo disfarçado.
No fim da semana passada, a primeira vitória brasileira. O governo dos EUA acenou retirar queixa e os dois lados podem firmar uma moratória internacional sobre disputas que envolvam regras de propriedade intelectual e políticas de saúde.
Sábado, centenas de ativistas foram às ruas de Nova York gritar slogans como "medicação para todas as nações".
Segundo relatório do Unaids (Programa das Nações Unidas para a Aids), US$ 9,2 bilhões ao ano resolveriam o problema de prevenção da Aids e tratamento dos infectados no mundo. Metade do valor iria para a África, dividido em US$ 4,4 bilhões para tratamento e US$ 4,8 bilhões para prevenção. Hoje, o gasto é de US$ 1,8 bilhão. (SÉRGIO DÁVILA)
Brasil é destaque no encontro sobre Aids da ONU
da Folha de S.Paulo, em Nova YorkDois motivos transformam o Brasil em uma das estrelas da "Crise Global, Ação Global".
Primeiro, o programa de saúde brasileiro é o único entre países em desenvolvimento citado como exemplar pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Segundo relatório da entidade, o Brasil é o único do grupo a dar tratamento gratuito a infectados com o HIV. Estatísticas do início da década passada diziam que o país teria hoje 1,2 milhão de infectados. Os números reais são menos da metade.
O segundo é a grande repercussão da cruzada liderada pelo ministro José Serra (Saúde) contra laboratórios que cobram preços altos de remédios essenciais, como os do coquetel anti-HIV.
Na semana passada, o ministério mandou publicar dois anúncios em jornais dos EUA como "Washington Post" e "New York Times". Um destacava trecho da revista do jornal nova-iorquino que elogiava as ações do governo.
O outro invocava o programa para defender a lei brasileira que autoriza quebra de patente de laboratórios estrangeiros em casos excepcionais. Em fevereiro, os EUA haviam contestado a lei na Organização Mundial do Comércio (OMC), acusando-a de protecionismo disfarçado.
No fim da semana passada, a primeira vitória brasileira. O governo dos EUA acenou retirar queixa e os dois lados podem firmar uma moratória internacional sobre disputas que envolvam regras de propriedade intelectual e políticas de saúde.
Sábado, centenas de ativistas foram às ruas de Nova York gritar slogans como "medicação para todas as nações".
Segundo relatório do Unaids (Programa das Nações Unidas para a Aids), US$ 9,2 bilhões ao ano resolveriam o problema de prevenção da Aids e tratamento dos infectados no mundo. Metade do valor iria para a África, dividido em US$ 4,4 bilhões para tratamento e US$ 4,8 bilhões para prevenção. Hoje, o gasto é de US$ 1,8 bilhão. (SÉRGIO DÁVILA)
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