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Maioria das infecções de Aids na África ocorre no casamento, diz estudo
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da Efe, em Londres
A maioria dos heterossexuais soropositivos em países africanos como Zâmbia e Ruanda contraíram a doença no casamento ou dentro de casa, segundo estudo publicado pela revista "The Lancet".
Segundo os especialistas, as conclusões desse estudo implicam que a assistência sanitária preventiva deveria oferecer assessoria e exames médicos também aos casais, e não se concentrar em promover a abstinência ou apenas analisar casos extraconjugais.
A África Subsaariana tem altos índices de contágio da doença, a maioria entre heterossexuais, aponta a "The Lancet". No entanto, até agora, houve poucas tentativas de determinar o nível de contágio entre casais estáveis, apesar de esta ser uma informação importante para planejar estratégias de tratamento.
Em sua pesquisa, a equipe dirigida por Kristin Dunkle, da Universidade de Emory, em Atlanta (Estados Unidos), utilizou informações de estudos demográficos de saúde sobre comportamentos heterossexuais realizados na Zâmbia entre 2001 e 2002 e em Ruanda em 2005.
Também utilizaram dados sobre a incidência da Aids em casais ou homens e mulheres casados, e em parceiros que não moravam juntos, em Lusaka (Zâmbia) e Kigali (Ruanda).
Calcularam a probabilidade de uma pessoa ser infectada pelo vírus da Aids por meio de um parceiro com o qual convivia ou não, e depois a proporção total das transmissões anuais da doença entre heterossexuais que tenha ocorrido dentro do casamento ou de casa.
Os pesquisadores analisaram dados de 1.739 mulheres e 540 homens zambianos, e de 606 homens e 1.176 mulheres ruandeses. Descobriram que entre 55% e 93% dos novos contágios de Aids entre heterossexuais adultos nas capitais da Zâmbia e Ruanda ocorrem entre casais que convivem ou são casados.
Calcula-se que a proporção de homens e mulheres que são infectados sem saber que um dos dois é portador do vírus seja de 20% ao ano nesses locais.
Os especialistas afirmam que, se fossem realizadas intervenções dirigidas aos casais, essa porcentagem anual seria reduzida a 7%, e que poderiam ser evitados de 36% a 60% dos casos de contágio entre heterossexuais.
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