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16/08/2001
-
22h37
da Folha de S.Paulo
Quem controla a proporção entre machos e fêmeas em formigueiros de uma espécie brasileira é a rainha, e não as trabalhadoras, como se imaginava até agora.
Um estudo feito com a formiga-lava-pés _de nome científico Solenopsis invicta_ mostrou que, apesar de as trabalhadoras tomarem conta dos ovos e poderem matar os machos enquanto ainda são larvas, a rainha pode aumentar a produção de ovos de machos fazendo com que as fêmeas não consigam matá-los, sob risco de inviabilizar o formigueiro.
"Rainhas pondo uma alta proporção de ovos masculinos podem forçar as trabalhadoras a tomar conta deles", diz um dos autores da pesquisa publicada na edição de amanhã da revista "Science", Laurent Keller, da Universidade de Lausanne, Suíça.
O interesse das trabalhadoras em ter menos machos por perto vem das diferenças genéticas entre os membros do formigueiro. Ovos fertilizados se tornam fêmeas e têm o dobro de cromossomos (estruturas que contêm o material genético) que os machos, nascidos de ovos não-fertilizados.
Keller e mais três colegas coletaram 24 colônias de lava-pés no sul dos EUA, onde essa formiga brasileira virou praga. Eles notaram que 11 tinham maior proporção de machos. As outras 13 eram compostas principalmente por formigas fêmeas.
Como cada colônia tem uma rainha, foi fácil trocá-las em laboratório. Cinco semanas depois, a proporção entre os sexos tinha revertido, indicando que é a rainha quem controla a proporção de machos e fêmeas.
Rainha brasileira controla sexo da população de seu formigueiro
RICARDO BONALUME NETOda Folha de S.Paulo
Quem controla a proporção entre machos e fêmeas em formigueiros de uma espécie brasileira é a rainha, e não as trabalhadoras, como se imaginava até agora.
Um estudo feito com a formiga-lava-pés _de nome científico Solenopsis invicta_ mostrou que, apesar de as trabalhadoras tomarem conta dos ovos e poderem matar os machos enquanto ainda são larvas, a rainha pode aumentar a produção de ovos de machos fazendo com que as fêmeas não consigam matá-los, sob risco de inviabilizar o formigueiro.
"Rainhas pondo uma alta proporção de ovos masculinos podem forçar as trabalhadoras a tomar conta deles", diz um dos autores da pesquisa publicada na edição de amanhã da revista "Science", Laurent Keller, da Universidade de Lausanne, Suíça.
O interesse das trabalhadoras em ter menos machos por perto vem das diferenças genéticas entre os membros do formigueiro. Ovos fertilizados se tornam fêmeas e têm o dobro de cromossomos (estruturas que contêm o material genético) que os machos, nascidos de ovos não-fertilizados.
Keller e mais três colegas coletaram 24 colônias de lava-pés no sul dos EUA, onde essa formiga brasileira virou praga. Eles notaram que 11 tinham maior proporção de machos. As outras 13 eram compostas principalmente por formigas fêmeas.
Como cada colônia tem uma rainha, foi fácil trocá-las em laboratório. Cinco semanas depois, a proporção entre os sexos tinha revertido, indicando que é a rainha quem controla a proporção de machos e fêmeas.
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