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22/08/2001
-
20h05
e da Folha Online
A Roche divulgou no começo da noite um comunicado afirmando que está supresa com a quebra de patentes do remédio Nelfinavir, anunciada hoje pelo ministro da Saúde, José Serra.
De acordo com o comunicado, a empresa está surpresa, "porque as negociações entre a empresa e o Ministério da Saúde têm sido amistosas".
Segundo o documento, "a Roche já concedeu descontos próximos aos solicitados pelo ministérioe também doou medicamentos para o tratamento de crianças com Aids".
"O motivo da nossa surpresa deve-se ao fato de sabermos que uma tal decisão deveria ter sido comunicada às autoridades americanas, conforme acordado entre o governo brasileiro e o dos Estados Unidos em julho último, uma vez que a patente é americana", informou o comunicado.
Das vezes anteriores em que o ministério fez críticas ao preço da Roche, a empresa evitou criar polêmica com o governo.
A Interfarma, que representa a indústria farmacêutica de pesquisa, não tinha sido ainda oficialmente informada da quebra de patente sofrida pela Roche.
O episódio anterior envolvendo preços e ameaça de licenciamento compulsório ocorreu com o efavirenz, do laboratório Merck Sharp & Dohme. O medicamento, que faz parte do coquetel, da mesma forma que o nelfinavir, estava protegido pela lei de patentes. Em março passado, o laboratório reduziu o preço em 64%, finalizando o impasse com o ministério.
Para as ONGs que trabalham com pacientes de Aids, a decisão do Ministério da Saúde "é positiva, mas não suficiente". Rubens Duda, que preside o Fórum de ONGs-Aids, diz que continuarão defendendo a aprovação do projeto de lei do deputado Eduardo Jorge (PT-SP) - atual secretário da Saúde do município de São Paulo - que quebra a patente de todos os remédios para Aids. O projeto, em tramitação na Câmara Federal , acrescenta os antiretrovirais à lista dos produtos que não estão sujeitos à patente.
Duda disse esperar que a economia de R$ 88 milhões que governo terá seja usado em serviços que ainda carecem de sistematização, como os testes de carga viral e a contagem dos CD-4. Esses exames não empregados para monitorar o tratamento de cada paciente.
Leia mais
Brasil quebra patente de remédio contra Aids
Caso se estende desde fevereiro
Falta teste de equivalência da cópia
Roche se diz surpresa com quebra de patente de medicamento
da Folha de S.Pauloe da Folha Online
A Roche divulgou no começo da noite um comunicado afirmando que está supresa com a quebra de patentes do remédio Nelfinavir, anunciada hoje pelo ministro da Saúde, José Serra.
De acordo com o comunicado, a empresa está surpresa, "porque as negociações entre a empresa e o Ministério da Saúde têm sido amistosas".
Segundo o documento, "a Roche já concedeu descontos próximos aos solicitados pelo ministérioe também doou medicamentos para o tratamento de crianças com Aids".
"O motivo da nossa surpresa deve-se ao fato de sabermos que uma tal decisão deveria ter sido comunicada às autoridades americanas, conforme acordado entre o governo brasileiro e o dos Estados Unidos em julho último, uma vez que a patente é americana", informou o comunicado.
Das vezes anteriores em que o ministério fez críticas ao preço da Roche, a empresa evitou criar polêmica com o governo.
A Interfarma, que representa a indústria farmacêutica de pesquisa, não tinha sido ainda oficialmente informada da quebra de patente sofrida pela Roche.
O episódio anterior envolvendo preços e ameaça de licenciamento compulsório ocorreu com o efavirenz, do laboratório Merck Sharp & Dohme. O medicamento, que faz parte do coquetel, da mesma forma que o nelfinavir, estava protegido pela lei de patentes. Em março passado, o laboratório reduziu o preço em 64%, finalizando o impasse com o ministério.
Para as ONGs que trabalham com pacientes de Aids, a decisão do Ministério da Saúde "é positiva, mas não suficiente". Rubens Duda, que preside o Fórum de ONGs-Aids, diz que continuarão defendendo a aprovação do projeto de lei do deputado Eduardo Jorge (PT-SP) - atual secretário da Saúde do município de São Paulo - que quebra a patente de todos os remédios para Aids. O projeto, em tramitação na Câmara Federal , acrescenta os antiretrovirais à lista dos produtos que não estão sujeitos à patente.
Duda disse esperar que a economia de R$ 88 milhões que governo terá seja usado em serviços que ainda carecem de sistematização, como os testes de carga viral e a contagem dos CD-4. Esses exames não empregados para monitorar o tratamento de cada paciente.
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