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26/11/2001
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16h19
O anúncio da primeira clonagem de embrião humano para fins terapêuticos terá provavelmente tantos efeitos na Bolsa quanto na comunidade científica, abalada pelo anúncio polêmico proveniente dos Estados Unidos.
A empresa americana Advanced Cell Technology (ACT) aproveitou o domingo, no qual o mercado faminto de notícias fica fechado, para anunciar seus resultados.
A ACT afirmou que foram necessários 70 testes para que fossem formadas até sete células do embrião humano, que depois morreu.
Para fins publicitários, o anúncio da ACT teve grande efeito.
A empresa ainda não está cotada no Nasdaq, o índice de valores tecnológicos nova-iorquino. Na opinião do geneticista francês Jean-François Mattei, deve-se falar no caso de "busca de notoriedade" e de "lucros por antecipação".
Os geneticistas são quase unânimes em destacar que esses resultados são muito preliminares e que o nascimento do primeiro bebê clonado não será assim tão rápido.
A ACT assegurou que não tem nenhuma intenção de passar à etapa seguinte e tentar clonar um ser humano, mas que quer apenas fabricar células-tronco embrionárias para cultivá-las e obter tecidos celulares capazes de regenerar um órgão destruído.
Para os mais famosos cientistas, o recurso a cepas embrionárias vem sofrendo taxas de fracasso impressionantes e poderia desembocar, se aplicado ao homem, no nascimento de crianças afetadas por malformações físicas ou deficiências mentais.
Esses argumentos ainda têm pouco peso ante o aprumo que demonstram os partidários da clonagem.
Nos Estados Unidos, a proibição de fazer experiências com embriões humanos foi anunciada pela Câmara de Representantes, mas não ainda pelo Senado. E de qualquer forma, a proibição volta-se para as investigações realizadas com dinheiro público.
Em outros países como a França, a técnica foi também proibida. Mas segundo o professor francês Axel Kahn, já foram feitas tentativas na Coréia do Sul.
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Clonagem terá tanta repercussão na Bolsa quanto entre cientistas
da France Presse, em ParisO anúncio da primeira clonagem de embrião humano para fins terapêuticos terá provavelmente tantos efeitos na Bolsa quanto na comunidade científica, abalada pelo anúncio polêmico proveniente dos Estados Unidos.
A empresa americana Advanced Cell Technology (ACT) aproveitou o domingo, no qual o mercado faminto de notícias fica fechado, para anunciar seus resultados.
A ACT afirmou que foram necessários 70 testes para que fossem formadas até sete células do embrião humano, que depois morreu.
Para fins publicitários, o anúncio da ACT teve grande efeito.
A empresa ainda não está cotada no Nasdaq, o índice de valores tecnológicos nova-iorquino. Na opinião do geneticista francês Jean-François Mattei, deve-se falar no caso de "busca de notoriedade" e de "lucros por antecipação".
Os geneticistas são quase unânimes em destacar que esses resultados são muito preliminares e que o nascimento do primeiro bebê clonado não será assim tão rápido.
A ACT assegurou que não tem nenhuma intenção de passar à etapa seguinte e tentar clonar um ser humano, mas que quer apenas fabricar células-tronco embrionárias para cultivá-las e obter tecidos celulares capazes de regenerar um órgão destruído.
Para os mais famosos cientistas, o recurso a cepas embrionárias vem sofrendo taxas de fracasso impressionantes e poderia desembocar, se aplicado ao homem, no nascimento de crianças afetadas por malformações físicas ou deficiências mentais.
Esses argumentos ainda têm pouco peso ante o aprumo que demonstram os partidários da clonagem.
Nos Estados Unidos, a proibição de fazer experiências com embriões humanos foi anunciada pela Câmara de Representantes, mas não ainda pelo Senado. E de qualquer forma, a proibição volta-se para as investigações realizadas com dinheiro público.
Em outros países como a França, a técnica foi também proibida. Mas segundo o professor francês Axel Kahn, já foram feitas tentativas na Coréia do Sul.
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