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14/02/2002
-
19h07
Os ambientalistas, como já era de se esperar, não estão satisfeitos com a proposta apresentada pelo presidente George W. Bush para a redução de emissões americanas de gases-estufa.
Entretanto, o grau de insatisfação varia. Para Carl Pope, diretor do grupo ambientalista Sierra Club, a proposta de Bush não poderia ser mais hipócrita. "Lamentavelmente a administração Bush usa o Dia dos Namorados [que é comemorado hoje nos EUA, como o Dia de São Valentim] para dar um presente de amor aos contaminadores que financiaram sua campanha", diz.
Segundo ele, o governo "apóia a política de poluição exigida pelos industriais da energia antes de tomar medidas para proteger nossa saúde". Jennifer Morgan, que lidera o programa de mudança climática do Fundo Mundial para a Vida Selvagem, ecoou Pope na alusão à data comemorativa. "[A proposta] é um presente para a indústria do óleo e do carvão."
Para Philip Clapp, presidente da organização National Environmental Trust, o problema da proposta está em sua natureza voluntária. Segundo ele, esforços nesse sentido foram feitos no passado, mas fracassaram. "A proposta do presidente para o aquecimento global parece ser outra iniciativa baseada em fé. Não há razão para crer que os poluidores subitamente vão ver a luz", diz.
Christopher Flavin, presidente do Worldwatch Institute, mostrou os dois lados da moeda, em nota divulgada à imprensa. "Apreciamos que a administração Bush esteja mudando sua posição e levando a questão climática mais a sério. Introduzir novos incentivos fiscais para tecnologias energéticas renováveis e mais eficientes é certamente um passo na direção certa", afirma.
"Estou, entretanto, preocupado com a adequação do comprometimento que está sendo feito e em particular que a administração projete aumentar as emissões dos EUA pelo menos mais 12% nos próximos dez anos. Isso irá deixar os EUA produzindo pelo menos 35% mais gases-estufa em 2010 do que seria permitido pelo Protocolo de Kyoto."
Com agências internacionais
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ONGs ambientalistas consideram proposta de Bush inócua
da Folha de S.PauloOs ambientalistas, como já era de se esperar, não estão satisfeitos com a proposta apresentada pelo presidente George W. Bush para a redução de emissões americanas de gases-estufa.
Entretanto, o grau de insatisfação varia. Para Carl Pope, diretor do grupo ambientalista Sierra Club, a proposta de Bush não poderia ser mais hipócrita. "Lamentavelmente a administração Bush usa o Dia dos Namorados [que é comemorado hoje nos EUA, como o Dia de São Valentim] para dar um presente de amor aos contaminadores que financiaram sua campanha", diz.
Segundo ele, o governo "apóia a política de poluição exigida pelos industriais da energia antes de tomar medidas para proteger nossa saúde". Jennifer Morgan, que lidera o programa de mudança climática do Fundo Mundial para a Vida Selvagem, ecoou Pope na alusão à data comemorativa. "[A proposta] é um presente para a indústria do óleo e do carvão."
Para Philip Clapp, presidente da organização National Environmental Trust, o problema da proposta está em sua natureza voluntária. Segundo ele, esforços nesse sentido foram feitos no passado, mas fracassaram. "A proposta do presidente para o aquecimento global parece ser outra iniciativa baseada em fé. Não há razão para crer que os poluidores subitamente vão ver a luz", diz.
Christopher Flavin, presidente do Worldwatch Institute, mostrou os dois lados da moeda, em nota divulgada à imprensa. "Apreciamos que a administração Bush esteja mudando sua posição e levando a questão climática mais a sério. Introduzir novos incentivos fiscais para tecnologias energéticas renováveis e mais eficientes é certamente um passo na direção certa", afirma.
"Estou, entretanto, preocupado com a adequação do comprometimento que está sendo feito e em particular que a administração projete aumentar as emissões dos EUA pelo menos mais 12% nos próximos dez anos. Isso irá deixar os EUA produzindo pelo menos 35% mais gases-estufa em 2010 do que seria permitido pelo Protocolo de Kyoto."
Com agências internacionais
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