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27/02/2002
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16h27
Os cientistas britânicos obtiveram hoje luz verde para a clonagem limitada de embriões humanos com fins terapêuticos, com a perspectiva de criar no Reino Unido o primeiro banco mundial de células-tronco.
Uma comissão da Câmara dos Lordes autorizou, sob certas condições, pesquisas a partir de células-tronco adultas e embrionárias, inclusive as provenientes de embriões clonados com o mesmo método que criou a ovelha Dolly.
As células-tronco são polivalentes e capazes de produzir todos os tecidos do organismo. Elas são obtidas a partir de embriões humanos, geralmente procedentes de fecundações artificiais.
Os cientistas esperam que essas células permitam criar tecidos que substituam órgãos envelhecidos, danificados ou enfermos, e curar doenças como câncer, diabetes, Alzheimer e Parkinson.
A legislação britânica é uma das mais liberais do mundo neste aspecto. O conselho de investigação médica do Reino Unido parabenizou a decisão da comissão, e divulgou que deseja criar o primeiro banco mundial de células-tronco embrionárias.
As licenças para se fazer esse tipo de investigação poderiam ser concedidas em breve.
O bispo anglicano Richard Harries, que preside a comissão da Câmara dos Lordes, reconheceu que o debate suscita "questões morais e científicas difíceis".
A comissão afirmou que "apoia sem reservas" a lei que proíbe a clonagem reprodutiva e manifestou o desejo de que a clonagem de embriões apenas seja utilizada quando existir "uma necessidade demonstrável e excepcional".
Ela também expressou seu desejo de que os pesquisadores recorram a embriões humanos doados à ciência e não a embriões criados artificialmente.
A Associação Médica Britânica, que representa os médicos do país, congratulou a decisão e afirmou que "estas pesquisas trazem esperança autêntica a milhões de pacientes".
Oposição
Essa decisão causou a repulsa de numerosas associações. Elas temem que a clonagem, justificada em princípio como um caminho para a cura de doenças, acabe se generalizando e seja utilizada para criar "bebês à la carte".
As associações também colocaram em dúvida a independência da comissão e de seu processo de decisão.
"Este comunicado não tem nenhuma credibilidade porque a comissão está repleta de partidários da clonagem humana, muitos dos quais com interesses financeiros diretos", disse a Sociedade para a Proteção dos Fetos.
Reino Unido autoriza clonagem de embriões com fins terapêuticos
da France Presse, em LondresOs cientistas britânicos obtiveram hoje luz verde para a clonagem limitada de embriões humanos com fins terapêuticos, com a perspectiva de criar no Reino Unido o primeiro banco mundial de células-tronco.
Uma comissão da Câmara dos Lordes autorizou, sob certas condições, pesquisas a partir de células-tronco adultas e embrionárias, inclusive as provenientes de embriões clonados com o mesmo método que criou a ovelha Dolly.
As células-tronco são polivalentes e capazes de produzir todos os tecidos do organismo. Elas são obtidas a partir de embriões humanos, geralmente procedentes de fecundações artificiais.
Os cientistas esperam que essas células permitam criar tecidos que substituam órgãos envelhecidos, danificados ou enfermos, e curar doenças como câncer, diabetes, Alzheimer e Parkinson.
A legislação britânica é uma das mais liberais do mundo neste aspecto. O conselho de investigação médica do Reino Unido parabenizou a decisão da comissão, e divulgou que deseja criar o primeiro banco mundial de células-tronco embrionárias.
As licenças para se fazer esse tipo de investigação poderiam ser concedidas em breve.
O bispo anglicano Richard Harries, que preside a comissão da Câmara dos Lordes, reconheceu que o debate suscita "questões morais e científicas difíceis".
A comissão afirmou que "apoia sem reservas" a lei que proíbe a clonagem reprodutiva e manifestou o desejo de que a clonagem de embriões apenas seja utilizada quando existir "uma necessidade demonstrável e excepcional".
Ela também expressou seu desejo de que os pesquisadores recorram a embriões humanos doados à ciência e não a embriões criados artificialmente.
A Associação Médica Britânica, que representa os médicos do país, congratulou a decisão e afirmou que "estas pesquisas trazem esperança autêntica a milhões de pacientes".
Oposição
Essa decisão causou a repulsa de numerosas associações. Elas temem que a clonagem, justificada em princípio como um caminho para a cura de doenças, acabe se generalizando e seja utilizada para criar "bebês à la carte".
As associações também colocaram em dúvida a independência da comissão e de seu processo de decisão.
"Este comunicado não tem nenhuma credibilidade porque a comissão está repleta de partidários da clonagem humana, muitos dos quais com interesses financeiros diretos", disse a Sociedade para a Proteção dos Fetos.
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