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26/06/2002
-
05h46
da Folha de S.Paulo, no Rio
A proposta brasileira de aumentar de 2% para 10% a participação das energias renováveis (solar, eólica e biomassa) no total de energia usada no mundo até 2010 foi defendida anteontem pelo secretário do Meio Ambiente de São Paulo, José Goldemberg, e aplaudida por representantes de ONGs internacionais e estudiosos do desenvolvimento sustentável.
Goldemberg disse que o principal objetivo é conseguir que o presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, e o primeiro-ministro da Suécia, Göran Persson, a endossem, para que a idéia ganhe força em Johannesburgo. "Podemos rediscutir o prazo, mas não podemos fugir da discussão. Temos de firmar um compromisso, e isso tem que sair do Rio."
Segundo o secretário, a proposta, que abrangeria todos os países do mundo, pode forçar os EUA a assinarem o Protocolo de Kyoto. Uma das justificativas do governo americano para não ratificar o pacto é o fato de países pobres não serem incluídos nas reduções. "É mais uma forma de pressionar os EUA", afirmou o secretário.
Ele defendeu que o aumento do uso da energia renovável resolveria não só o problema da emissão de gás carbônico como ajudaria a resolver o drama da pobreza no mundo, ao gerar empregos.
Goldemberg ponderou que os obstáculos para a aceitação da mudança não serão facilmente ultrapassados, pois envolvem os interesses dos países produtores de petróleo e carvão. O secretário também admite que os custos de produção das energias renováveis são altos, mas afirmou que os benefícios vêm a curto prazo, pois a manutenção é mais barata do que a da produção de energia "suja".
O assessor sênior do secretário-geral das Nações Unidas, Maurice Strong, assistiu à exposição de Goldemberg e classificou a proposta brasileira como "magnífica". Segundo ele, o aumento da energia renovável é uma das melhores formas de salvar o planeta da destruição pela poluição.
Brasil quer ampliar energia renovável
SABRINA PETRYda Folha de S.Paulo, no Rio
A proposta brasileira de aumentar de 2% para 10% a participação das energias renováveis (solar, eólica e biomassa) no total de energia usada no mundo até 2010 foi defendida anteontem pelo secretário do Meio Ambiente de São Paulo, José Goldemberg, e aplaudida por representantes de ONGs internacionais e estudiosos do desenvolvimento sustentável.
Goldemberg disse que o principal objetivo é conseguir que o presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, e o primeiro-ministro da Suécia, Göran Persson, a endossem, para que a idéia ganhe força em Johannesburgo. "Podemos rediscutir o prazo, mas não podemos fugir da discussão. Temos de firmar um compromisso, e isso tem que sair do Rio."
Segundo o secretário, a proposta, que abrangeria todos os países do mundo, pode forçar os EUA a assinarem o Protocolo de Kyoto. Uma das justificativas do governo americano para não ratificar o pacto é o fato de países pobres não serem incluídos nas reduções. "É mais uma forma de pressionar os EUA", afirmou o secretário.
Ele defendeu que o aumento do uso da energia renovável resolveria não só o problema da emissão de gás carbônico como ajudaria a resolver o drama da pobreza no mundo, ao gerar empregos.
Goldemberg ponderou que os obstáculos para a aceitação da mudança não serão facilmente ultrapassados, pois envolvem os interesses dos países produtores de petróleo e carvão. O secretário também admite que os custos de produção das energias renováveis são altos, mas afirmou que os benefícios vêm a curto prazo, pois a manutenção é mais barata do que a da produção de energia "suja".
O assessor sênior do secretário-geral das Nações Unidas, Maurice Strong, assistiu à exposição de Goldemberg e classificou a proposta brasileira como "magnífica". Segundo ele, o aumento da energia renovável é uma das melhores formas de salvar o planeta da destruição pela poluição.
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