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22/08/2002 - 12h43

Brasil defende que 10% da matriz energética seja de fonte renovável

SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília

O governo brasileiro vai defender que pelo menos 10% da matriz energética do mundo seja de fonte renovável, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio +10).

A afirmação é do ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, que explicou hoje os objetivos do Brasil na sua participação na conferência, que acontecerá em Johannesburgo (África do Sul), entre os dias 26 de agosto e 4 de setembro.

"Esse é nosso objetivo mais importante", afirmou. Segundo Lafer, matriz energética é um tema de maior repercussão econômica, e o Brasil tem a sua matriz onde a dimensão renovável "é esmagadora".

O ministro avalia que o tema será de difícil discussão, um desafio importante, porque outros países têm interesses divergentes, como os países produtores de petróleo.

Lafer disse que a Rio +10 tem como linha básica buscar os meios de implementação do que foi discutida na Eco-92, no Rio de Janeiro, há dez anos. Ele destacou que o importante, na conferência de Johannesburgo, é a discussão de temas, como o de que a água e o ar não são recursos infinitos e que o ambiente não é uma externalidade (fenômeno externo a uma empresa ou indústria que cause aumento ou diminuição no seu custo de produção, sem que haja transação monetária envolvida).

O ministro ressaltou que a temática do encontro é muito ampla e que um grande tema econômico e de natureza ambiental é o clima.

Haverá, segundo Lafer, uma reunião prévia à Rio +10, no próximo sábado (24), para que sejam concluídos os textos de discussão para o encontro.

O governo brasileiro deverá defender também iniciativas para proteção de florestas tropicais, expor sua preocupação com a Amazônia e "insistir no espírito da Rio-92", que é o de procurar meios para implementar as propostas para preservação do ambiente.

Além da Agenda 21, que trata de vários temas ambientais, o governo brasileiro deverá tratar de outras iniciativas que buscam envolver governo e iniciativa privada para a implementação do desenvolvimento sustentável.

Segundo Lafer, o Brasil deverá participar de pelo menos duas outras iniciativas nesse sentido. Uma que trata da preservação de áreas florestais, que deve ser desenvolvida em conjunto com a Finlândia, e outra na área de energia, a ser trabalhada com Reino Unido, outros países europeus, africanos e asiáticos.

Em relação ao tema pobreza, Lafer disse que o objetivo da Rio +10 não é afastar as discussões sobre o assunto, mas fazer com que esse tema se coloque em conjunto com outros e não como foco central do encontro.

Leia mais no especial Rio +10
 

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