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19/11/2002
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11h44
André Lemaire se disse "surpreso" ao ler a análise de Altman sobre a inscrição do ossuário. "Não encontrei a separação do texto em duas partes que ela aponta, e, se você olhar com cuidado para uma boa fotografia, verá que as letras têm a mesma forma em ambos os trechos", disse à Folha o pesquisador francês.
Lemaire, que é professor da Escola Prática de Altos Estudos da Sorbonne, admite que a evidência linguística mencionada por Flesher é comum nos dialetos mais recentes do aramaico, mas não exclui a hipótese de o trecho ter sido escrito por alguém do século de Jesus.
"O sufixo "-wy" aparece mais cedo também, e um dos melhores exemplos aparece exatamente em outro ossuário do século 1º", afirma. Flesher menciona esse mesmo exemplo em um artigo sobre a inscrição que será submetido a uma revista científica, mas diz que a presença desse sufixo só se torna comum no século 2º.
Lemaire explica que sua intenção inicial era publicar a análise do ossuário num periódico científico francês, mas o dono do artefato (o colecionador israelense Oded Golan) pediu que ele o fizesse numa revista em inglês, para que ele pudesse entender a pesquisa.
"Mesmo levando em conta o fato de que o "Biblical Archaelogy Review" não é uma revista científica e se dirige a um público mais amplo, eles têm um bom comitê científico e são capazes de avaliar um trabalho como esse", diz o pesquisador francês.
"Entendo muito bem o medo de que a inscrição seja forjada. Mas o ossuário se encaixa perfeitamente no que sabemos sobre estilo de escrita, língua e artesanato da época", afirma Lemaire.
A "Biblical Archaelogy Review" anunciou que vai tratar da controvérsia nas próximas edições. "Mas os estudiosos com quem conversamos não concordam com Altman", diz Steven Feldman, editor da revista.
Leia também:
Inscrição sobre Cristo pode ser falsificada
Texto não tem discrepâncias, diz Lemaire
Texto do ossuário não tem discrepâncias, afirma Lemaire
free-lance para a FolhaAndré Lemaire se disse "surpreso" ao ler a análise de Altman sobre a inscrição do ossuário. "Não encontrei a separação do texto em duas partes que ela aponta, e, se você olhar com cuidado para uma boa fotografia, verá que as letras têm a mesma forma em ambos os trechos", disse à Folha o pesquisador francês.
Lemaire, que é professor da Escola Prática de Altos Estudos da Sorbonne, admite que a evidência linguística mencionada por Flesher é comum nos dialetos mais recentes do aramaico, mas não exclui a hipótese de o trecho ter sido escrito por alguém do século de Jesus.
"O sufixo "-wy" aparece mais cedo também, e um dos melhores exemplos aparece exatamente em outro ossuário do século 1º", afirma. Flesher menciona esse mesmo exemplo em um artigo sobre a inscrição que será submetido a uma revista científica, mas diz que a presença desse sufixo só se torna comum no século 2º.
Lemaire explica que sua intenção inicial era publicar a análise do ossuário num periódico científico francês, mas o dono do artefato (o colecionador israelense Oded Golan) pediu que ele o fizesse numa revista em inglês, para que ele pudesse entender a pesquisa.
"Mesmo levando em conta o fato de que o "Biblical Archaelogy Review" não é uma revista científica e se dirige a um público mais amplo, eles têm um bom comitê científico e são capazes de avaliar um trabalho como esse", diz o pesquisador francês.
"Entendo muito bem o medo de que a inscrição seja forjada. Mas o ossuário se encaixa perfeitamente no que sabemos sobre estilo de escrita, língua e artesanato da época", afirma Lemaire.
A "Biblical Archaelogy Review" anunciou que vai tratar da controvérsia nas próximas edições. "Mas os estudiosos com quem conversamos não concordam com Altman", diz Steven Feldman, editor da revista.
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