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29/11/2002
-
09h18
da Folha de S.Paulo
Entre as 11h e as 15h35 de hoje, se tudo der certo, um foguete VS-30 deve cortar os céus de Alcântara, no Maranhão, rumo à borda da atmosfera terrestre. Mais que um simples lançamento, esse é quase um rito de passagem para a pesquisa brasileira no espaço: ele abre o primeiro programa sistemático e continuado de exploração científica do ambiente espacial por instituições nacionais.
É o vôo pioneiro do Projeto Microgravidade, uma iniciativa da Agência Espacial Brasileira (AEB) para começar a formar massa crítica de pesquisadores para o futuro uso da ISS (Estação Espacial Internacional) em experimentos.
Segundo o presidente da AEB, Múcio Roberto Dias, o objetivo é fazer anualmente ao menos um vôo nos moldes do que deve ocorrer hoje. Se não houver condições meteorológicas para o lançamento, a equipe tem até segunda-feira.
Apesar de ser um vôo de apenas 14 minutos, o pequeno foguete (com sete metros de altura e 1,4 tonelada) é capaz de mobilizar muitos esforços. Além das equipes ligadas aos experimentos que vão a bordo do veículo, um grande número de pessoas também é necessário para tocar a operação, chamada por todos de Cumã.
"É uma tradição dar nomes de localidades da região a cada lançamento. Cumã é uma baía", conta Mauro Melo Dolinsky, coordenador de logística da operação e vice-diretor de Espaço do Instituto de Aeronáutica e Espaço, que é ligado ao Centro Técnico Aeroespacial, da Aeronáutica.
Foguetes de sondagem fazem os chamados vôos suborbitais, que chegam apenas até a borda da atmosfera e depois voltam à terra --no caso específico, ao mar. O VS-30 do Projeto Microgravidade vai atingir uma altitude aproximada de 150 km. Antes de começar a cair, criará em seu interior um efeito de ausência de gravidade (microgravidade). Coisa de três minutos, suficientes para os experimentos de teste da influência desse ambiente em reações químicas, por exemplo.
Apesar do intenso trabalho, o clima é de euforia em Alcântara --especialmente entre os cientistas ligados aos experimentos. "O ambiente está espetacular", diz Dolinsky. "Os cientistas estão maravilhados. Eles não estão acostumados com tudo isso, mas estão sendo muito cooperativos."
Pesquisa brasileira vai para o espaço hoje
SALVADOR NOGUEIRAda Folha de S.Paulo
Entre as 11h e as 15h35 de hoje, se tudo der certo, um foguete VS-30 deve cortar os céus de Alcântara, no Maranhão, rumo à borda da atmosfera terrestre. Mais que um simples lançamento, esse é quase um rito de passagem para a pesquisa brasileira no espaço: ele abre o primeiro programa sistemático e continuado de exploração científica do ambiente espacial por instituições nacionais.
É o vôo pioneiro do Projeto Microgravidade, uma iniciativa da Agência Espacial Brasileira (AEB) para começar a formar massa crítica de pesquisadores para o futuro uso da ISS (Estação Espacial Internacional) em experimentos.
Segundo o presidente da AEB, Múcio Roberto Dias, o objetivo é fazer anualmente ao menos um vôo nos moldes do que deve ocorrer hoje. Se não houver condições meteorológicas para o lançamento, a equipe tem até segunda-feira.
Apesar de ser um vôo de apenas 14 minutos, o pequeno foguete (com sete metros de altura e 1,4 tonelada) é capaz de mobilizar muitos esforços. Além das equipes ligadas aos experimentos que vão a bordo do veículo, um grande número de pessoas também é necessário para tocar a operação, chamada por todos de Cumã.
"É uma tradição dar nomes de localidades da região a cada lançamento. Cumã é uma baía", conta Mauro Melo Dolinsky, coordenador de logística da operação e vice-diretor de Espaço do Instituto de Aeronáutica e Espaço, que é ligado ao Centro Técnico Aeroespacial, da Aeronáutica.
Foguetes de sondagem fazem os chamados vôos suborbitais, que chegam apenas até a borda da atmosfera e depois voltam à terra --no caso específico, ao mar. O VS-30 do Projeto Microgravidade vai atingir uma altitude aproximada de 150 km. Antes de começar a cair, criará em seu interior um efeito de ausência de gravidade (microgravidade). Coisa de três minutos, suficientes para os experimentos de teste da influência desse ambiente em reações químicas, por exemplo.
Apesar do intenso trabalho, o clima é de euforia em Alcântara --especialmente entre os cientistas ligados aos experimentos. "O ambiente está espetacular", diz Dolinsky. "Os cientistas estão maravilhados. Eles não estão acostumados com tudo isso, mas estão sendo muito cooperativos."
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