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27/12/2002 - 16h06

Líder dos raelianos quer criar civilização em outro planeta

da France Presse, em Montreal

Para o fundador do movimento raeliano, Rael --que pretende ser o último "profeta" enviado por extraterrestres-- a clonagem é uma etapa para um "fim último": fabricar a vida em laboratório para permitir aos terráqueos fundar uma civilização diferente em outro planeta.

Para ele, o primeiro bebê clonado representa "um grande passo para a humanidade". "Mas este primeiro passo caminha para um fim último: a criação da vida e, mais especificamente, de um ser sintético em laboratório", disse Rael, poucas horas depois da empresa Clonaid anunciar o nascimento de Eve, que pode ser o primeiro bebê clonado.

Reuters
O francês Rael, líder do movimento com seu nome
"Assim como os elohim (palavra hebraica para "deuses" e forma usada por Rael para se referir aos seres que teriam lhe contatado) nos criaram, nós podemos agora criar seres humanos à nossa imagem em outro planeta", afirma o ex-jornalista, convencido de ter sido concebido no dia 25 de dezembro de 1945 por uma mãe francesa e um extraterrestre.

Autoproclamado "apóstolo" da clonagem na Terra, ele diz fazer parte da missão que lhe foi confiada pelos extraterrestres, após um encontro em 1973 na cidade de Auvergne, região central da França.

Nesse dia, pequenos visitantes verde-oliva, de 1 metro e 30 centímetros de altura, contaram que os seres humanos foram criados em laboratório há 25 mil anos. Rael explica que, em seu planeta, criar um ser humano é tão simples quanto copiar um disco. Mas eles não fornecem "conselhos espirituais" ou ajuda científica.

Para chegar a mesmo nível tecnológico, é necessário ultrapassar a etapa do "crescimento acelerado", isto é, "clonar em poucos minutos, sem necessidade da permanência de nove meses no ventre materno, nem 18 anos para se tornar adulto".

De acordo com Rael, trata-se de produzir "alguém que se pareça conosco apenas fisicamente, como uma fita cassete virgem", para então "poder transferir a personalidade e a memória a um computador, depois clonar um ser adulto".

"Quando uma pessoa é clonada, cada vez que morre, e ao transferir sua memória e personalidade a um corpo novo, ela vive eternamente em vários corpos", diz.

Segundo Rael, há 700 ou 900 anos os elohim, ameaçados pelo excesso de população, tiveram de "escolher entre criar crianças ou reproduzir-se por clonagem", uma opção que chegará logo aos humanos.

Ele defende também a eugenia, ou seja, o melhoramento genético do homem, pois "contribui para melhorar a espécie ao liberá-la de todas suas taras genéticas e suas limitações".

Na sua opinião, a clonagem --que por enquanto interessa aos casais que não podem ter bebês-- é o meio de curar todas as doenças. Mas ele não terá necessidade de se apressar. Por ser um profeta, os elohim já lhe garantiram o privilégio de ser clonado quando morrer.

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