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05/03/2003
-
12h18
Mais de um sexto da população mundial _18%, o que corresponde a 1,1 bilhão de pessoas_, não tem acesso a fornecimento de água. A situação piora quando se fala em saneamento básico, que não faz parte da realidade de 39% da humanidade, ou 2,4 bilhões de pessoas.
Até 2050, quando 9,3 bilhões de pessoas devem habitar a Terra, entre 2 bilhões e 7 bilhões de pessoas não terão acesso à água de qualidade _seja em casa, seja em comunidade. A diferença entre esses extremos depende das medidas adotadas pelos governos.
Os dados fazem parte do relatório divulgado hoje pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), órgão responsável pelo Programa Mundial de Avaliação Hídrica, como preparação para o 3º Fórum Mundial da Água, que acontece em Kyoto, Japão, entre 16 e 23 de março.
O "Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial da Água" mobilizou 23 agências da ONU (Organização das Nações Unidas) e possui informações sobre acesso, necessidades e abastecimento.
Segundo a agência, os mananciais do planeta estão secando rapidamente, o que vai se somar ao crescimento populacional, à poluição e ao aquecimento global para reduzir em um terço, nos próximos 20 anos, a quantidade de água disponível para cada pessoa no mundo.
De acordo com o relatório, a quantidade de água disponível per capita vem caindo desde 1970. "As reservas de água estão diminuindo, enquanto a demanda cresce de forma dramática, em um ritmo insustentável", afirmou o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura.
O relatório critica a inação dos políticos, que em muitos casos nem sequer reconhecem a existência de uma crise hídrica. "A inércia dos líderes e o fato de a população mundial não estar totalmente consciente do problema significa que não conseguimos adotar medidas corretivas a tempo", afirma o texto.
Saneamento
Doenças relacionadas à água estão entre as causas mais comuns de morte no mundo e afetam especialmente países em desenvolvimento.
Mais de 2,2 milhões de pessoas morrem anualmente devido ao consumo de água contaminada e à falta de saneamento. As crianças com até cinco anos são as mais afetadas.
Ranking
A Unesco montou um ranking de 122 países em relação à qualidade de seus mananciais. A Bélgica ficou em último, atrás de países pobres como a Índia e Ruanda.
O ranking do relatório destacou negativamente a Bélgica por causa da escassez de seus lençóis freáticos, da intensa poluição industrial e do precário sistema de tratamento de resíduos.
No topo da lista da qualidade da água estão Finlândia, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Japão.
A pesquisa também mostrou a disparidade relativa à água disponível nos diversos países. Cada kuaitiano, por exemplo, tem à disposição apenas 10 metros cúbicos anuais. Na Guiana Francesa, são 812.121 metros cúbicos per capita.
Ainda de acordo com o relatório, os rios asiáticos são os mais poluídos do mundo, e metade da população nos países pobres está exposta a água contaminada por esgoto ou resíduos industriais.
Com agências internacionais
Um sexto da população mundial não tem acesso a água, diz ONU
da Folha OnlineMais de um sexto da população mundial _18%, o que corresponde a 1,1 bilhão de pessoas_, não tem acesso a fornecimento de água. A situação piora quando se fala em saneamento básico, que não faz parte da realidade de 39% da humanidade, ou 2,4 bilhões de pessoas.
Até 2050, quando 9,3 bilhões de pessoas devem habitar a Terra, entre 2 bilhões e 7 bilhões de pessoas não terão acesso à água de qualidade _seja em casa, seja em comunidade. A diferença entre esses extremos depende das medidas adotadas pelos governos.
Os dados fazem parte do relatório divulgado hoje pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), órgão responsável pelo Programa Mundial de Avaliação Hídrica, como preparação para o 3º Fórum Mundial da Água, que acontece em Kyoto, Japão, entre 16 e 23 de março.
O "Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial da Água" mobilizou 23 agências da ONU (Organização das Nações Unidas) e possui informações sobre acesso, necessidades e abastecimento.
Segundo a agência, os mananciais do planeta estão secando rapidamente, o que vai se somar ao crescimento populacional, à poluição e ao aquecimento global para reduzir em um terço, nos próximos 20 anos, a quantidade de água disponível para cada pessoa no mundo.
De acordo com o relatório, a quantidade de água disponível per capita vem caindo desde 1970. "As reservas de água estão diminuindo, enquanto a demanda cresce de forma dramática, em um ritmo insustentável", afirmou o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura.
O relatório critica a inação dos políticos, que em muitos casos nem sequer reconhecem a existência de uma crise hídrica. "A inércia dos líderes e o fato de a população mundial não estar totalmente consciente do problema significa que não conseguimos adotar medidas corretivas a tempo", afirma o texto.
Saneamento
Doenças relacionadas à água estão entre as causas mais comuns de morte no mundo e afetam especialmente países em desenvolvimento.
Mais de 2,2 milhões de pessoas morrem anualmente devido ao consumo de água contaminada e à falta de saneamento. As crianças com até cinco anos são as mais afetadas.
Ranking
A Unesco montou um ranking de 122 países em relação à qualidade de seus mananciais. A Bélgica ficou em último, atrás de países pobres como a Índia e Ruanda.
O ranking do relatório destacou negativamente a Bélgica por causa da escassez de seus lençóis freáticos, da intensa poluição industrial e do precário sistema de tratamento de resíduos.
No topo da lista da qualidade da água estão Finlândia, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Japão.
A pesquisa também mostrou a disparidade relativa à água disponível nos diversos países. Cada kuaitiano, por exemplo, tem à disposição apenas 10 metros cúbicos anuais. Na Guiana Francesa, são 812.121 metros cúbicos per capita.
Ainda de acordo com o relatório, os rios asiáticos são os mais poluídos do mundo, e metade da população nos países pobres está exposta a água contaminada por esgoto ou resíduos industriais.
Com agências internacionais
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