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02/04/2003 - 09h10

OMS desaconselha viagens a Hong Kong devido a epidemia

da Folha Online

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu hoje a turistas e empresários para que evitem viajar a Hong Kong, por causa da epidemia de síndrome respiratória severa aguda (Sars, na sigla em inglês) no território.

David Heymann, diretor-executivo do departamento de doenças contagiosas da OMS, disse que este anúncio se deve ao fato de ainda não se saber como a pneumonia se propaga.

Hong Kong e a Província chinesa de Cantão (sul) são as regiões com maior número de casos de síndrome da insuficiência respiratória.

Hoje, uma autoridade da saúde de Xangai, na China, informou que um doente do município está com sintomas da Sars. Se for confirmado, este será o primeiro caso da doença na cidade.

A China anunciou também que outras nove pessoas morreram em decorrência de pneumonia aguda, elevando para 75 o número total de mortos no mundo.

Viagens

Os Estados Unidos pretendem cortar sua presença diplomática em Hong Kong e na província chinesa de Guangzhou. Já a Austrália advertiu seus cidadãos a não viajarem para o Canadá, onde também foram registradas mortes pela doença, ou para qualquer país da Ásia afetado pelo vírus.

Autoridades dos EUA disseram que o Departamento de Estado está oferecendo vôos grátis para pessoal diplomático não-essencial em Hong Kong e Guangzhou por causa do vírus.

Autoridades de saúde em Guangzhou, capital da Província chinesa de Guangdong, que faz fronteira com Hong Kong, disseram que 361 pessoas foram contaminadas em março pela Sars.

No total, 43 pessoas morreram na China e quase 1.200 foram infectadas pelo vírus, que causa uma pneumonia aguda e morte em 4% dos casos.

Autoridades de saúde acreditam que o surto de Sars começou em Guangdong em novembro e desde estão disseminou-se pelo mundo através de viajantes.

Cerca de 2.300 pessoas foram contaminadas no mundo e o surto forçou Hong Kong, Cingapura e Canadá a impor medidas de quarentena.

Em Hong Kong, quase um terço das vítimas moram em um condomínio em Kowloon, um dos lugares mais populosos do planeta. Metade vive em um único bloco.

Autoridades de Hong Kong dizem que o surto no condomínio Amoy Gardens provavelmente foi causado por um paciente com os rins infectados que visitou um irmão no local.

"O vírus fica muito concentrado nos resíduos dos rins dos pacientes", disse Yeoh Eng-kiong, ministro da Saúde.

Especialistas estão estudando como o vírus espalhou-se com tanta rapidez -três a quatro dias- em um bloco de apartamentos.

Encontrar a causa do surto no prédio é essencial porque pode confirmar ou rejeitar a teoria de mutação do vírus para a forma de transmissão pelo ar, o que o tornaria mais perigoso e difícil de ser contido. Hong Kong teve 75 casos novos ontem.

Autoridades chinesas afirmam que a doença está sob controle no país mais populoso do mundo. Mas o jornal "Wen Wei Po" disse hoje que apareceram oito novos casos em Pequim. Três dos oito pacientes já morreram, segundo fontes não identificadas citadas pelo jornal de Hong Kong.

Autoridades de saúde do Canadá disseram que outras duas pessoas morreram de Sars, aumentando o número de mortes para seis. O número de casos suspeitos subiu de 151 para 129 no Canadá. Milhares de pessoas ainda estão em quarentena.

O Canadá disse que o surto pode piorar, mesmo com as medidas drásticas impostas em hospitais e aeroportos.

Medo

A Málasia, que faz fronteira com Cingapura, registrou sua primeira morte por causa do vírus, disse a mídia local.

A Tailândia relatou sua segunda morte hoje. Vinte parentes da vítima estão sob quarentena, disseram autoridades de saúde.

A doença provocou medo na Ásia e boatos sobre mais casos em Hong Kong atingiram os mercados financeiros ontem.

O governo de Hong Kong levou mais de 200 pessoas com suspeita da doença para campos de isolamento.

Os temores em relação ao vírus e à guerra contra o Iraque também diminuíram o número de passageiros, o que forçou companhias aéreas a cortarem vôos na Ásia.

Os passageiros são submetidos agora a medidas estritas de controle quando apresentam sintomas da doença, que incluem dificuldade respiratória, febre alta e calafrios.

Com agências internacionais
 

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