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29/04/2003
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10h11
O Brasil ainda está tateando em busca de sua vocação nanotecnológica. O país hoje não tem cacife para bancar uma corrida aos circuitos em escala minúscula que devem revolucionar a informática em duas décadas, como fazem Estados Unidos e Japão, que investem mais de 400 milhões de dólares ao ano no setor. Mas há algumas perspectivas interessantes na área de nanomateriais.
O grupo de Edson Leite, por exemplo, desenvolve na Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) um nanopó cinzento com propriedades superparamagnéticas. Isso quer dizer que ele consegue mudar sua polaridade rapidamente (de negativo para positivo, repelindo ou atraindo corrente elétrica), o que pode até ser útil para a criação de nanocircuitos.
Paulo César de Morais, na UnB (Universidade de Brasília), desenvolveu um nanoímã capaz de ajudar na contenção de derramamentos de petróleo no mar. Trata-se de um composto magnético que se mistura ao óleo e facilita sua retirada da água.
Outras inovações nacionais incluem um dosímetro de radiação para uso pessoal, da empresa Ponto Quântico, de Recife, e uma "língua eletrônica", capaz de melhorar os testes de qualidade de vinhos e outros produtos para consumo, desenvolvido pela Embrapa em São Carlos.
Boa parte da nanotecnologia brasileira, entretanto, ainda está voltada para a pesquisa básica. Para muitos pesquisadores, entender o comportamento de moléculas e, algumas vezes, até de átomos individuais é peça fundamental antes de desenvolver as aplicações práticas.
O grupo liderado por Adalberto Fazzio, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, procura entender, por meio de simulações em computador, como se formam os chamados nanofios de ouro, estruturas muito pequenas compostas por átomos de ouro colocados numa fila indiana.
Os métodos aplicados por Fazzio e sua equipe estão ajudando a esclarecer as forças envolvidas na estruturação desses materiais minúsculos. Já Daniel Ugarte, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, observa esses nanofios na prática, criando-os e estudando-os com microscopia.
Brasil procura seu espaço no mercado nanotecnológico
da Folha de S.PauloO Brasil ainda está tateando em busca de sua vocação nanotecnológica. O país hoje não tem cacife para bancar uma corrida aos circuitos em escala minúscula que devem revolucionar a informática em duas décadas, como fazem Estados Unidos e Japão, que investem mais de 400 milhões de dólares ao ano no setor. Mas há algumas perspectivas interessantes na área de nanomateriais.
O grupo de Edson Leite, por exemplo, desenvolve na Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) um nanopó cinzento com propriedades superparamagnéticas. Isso quer dizer que ele consegue mudar sua polaridade rapidamente (de negativo para positivo, repelindo ou atraindo corrente elétrica), o que pode até ser útil para a criação de nanocircuitos.
Paulo César de Morais, na UnB (Universidade de Brasília), desenvolveu um nanoímã capaz de ajudar na contenção de derramamentos de petróleo no mar. Trata-se de um composto magnético que se mistura ao óleo e facilita sua retirada da água.
Outras inovações nacionais incluem um dosímetro de radiação para uso pessoal, da empresa Ponto Quântico, de Recife, e uma "língua eletrônica", capaz de melhorar os testes de qualidade de vinhos e outros produtos para consumo, desenvolvido pela Embrapa em São Carlos.
Boa parte da nanotecnologia brasileira, entretanto, ainda está voltada para a pesquisa básica. Para muitos pesquisadores, entender o comportamento de moléculas e, algumas vezes, até de átomos individuais é peça fundamental antes de desenvolver as aplicações práticas.
O grupo liderado por Adalberto Fazzio, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, procura entender, por meio de simulações em computador, como se formam os chamados nanofios de ouro, estruturas muito pequenas compostas por átomos de ouro colocados numa fila indiana.
Os métodos aplicados por Fazzio e sua equipe estão ajudando a esclarecer as forças envolvidas na estruturação desses materiais minúsculos. Já Daniel Ugarte, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, observa esses nanofios na prática, criando-os e estudando-os com microscopia.
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