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A **
árabes - Embora as transliterações enviadas pelas agências de notícias
sejam em geral corretas, elas costumam trazer dificuldades para o
leitor brasileiro sem conhecimentos linguísticos. Por exemplo, o W,
que representa o som U em posição semivocálica, pode ser lido por
um brasileiro como um V, o que foge completamente à sonoridade original.
Não é raro ouvir, mesmo na TV, a pronúncia cuvait para Kuait. Assim,
a Folha faz algumas adaptações nas transliterações enviadas pelas
agências.
Substitua os YY e WW por II e UU, respectivamente, exceto quando
a combinação resultar numa vogal geminada. Se isso ocorrer, elimine
uma delas: Kuwait=Kuuait=Kuait. Substitua o SH por CH: Shatt al
Arab=Chatt al Arab.
Mantenha o H em qualquer situação que ele apareça. Embora esta letra
possa causar alguma confusão na pronúncia para um brasileiro, ela
marca na transliteração do árabe uma grande quantidade de nuances
consonantais, cuja eliminação tornaria qualquer palavra irreconhecível
para quem conheça a língua. Por exemplo, indica a diferença entre
as letras kha (transliterada por KH) e a letra kaf (transliterada
por um simples K).
No árabe há grande número de sons guturais que devem ser diferenciados.
Isso exige fugir um pouco às regras da língua portuguesa. Por exemplo,
use a letra Q sem o U que necessariamente a segue em português:
Qatar e não Catar. Se de fato houver um U após o Q, observe se não
se lhe segue um I ou U, caso em que será necessário o trema.
Cuidado com as letras S e G, que, em árabe, têm sempre o mesmo som.
Isso exige que, em português, o S seja dobrado em posição intervocálica
e o G seja seguido de U antes de E e I.
Não elimine as duplas consoantes, que, embora não signifiquem nada
em português, explicam uma série de assimilações e dissimilações
importantes para o conhecedor do árabe. De qualquer forma, a dupla
consoante não chega a atrapalhar a leitura em português.
A
rigor, não existem as vogais E e O em árabe. Elas aparecem em alguns
falares regionais e não deveriam ser escritas. Entretanto, as agências
internacionais costumam trazer a pronúncia dos nomes de acordo com
essas variações regionais. Embora o correto seja substituí-las pela
vogal escrita (I, U ou A, dependendo do caso), isso é muito pouco
prático num jornal. Mantenha, portanto, essas vogais: Iasser Arafat.
Cuidado com o artigo al. Em nomes próprios, nunca o elimine porque
ele pode alterar o sentido do nome. Grafe-o em minúscula e sem hífen
antes do nome que o segue: Anuar al Sadat. Se não for usado o primeiro
nome -em títulos ou na segunda menção-, o a de al deve ser grafado
em maiúscula. Se em português ocorrer artigo antes de termo árabe
com al, suprima o artigo árabe para evitar redundância: O líder
da Fatah e não O líder da al Fatah. Isso não vale para palavras
portuguesas de origem árabe: o algodão, o álcool, o Alcorão. Lembre-se
de que essas regras não valem para muitos topônimos de origem árabe,
que têm seus nomes consagrados de outra forma em português: Argélia,
Marrocos, Egito, Emirados Árabes Unidos. Lembre-se também de que
árabes que vivem no Brasil ou em outros países ocidentais têm uma
forma já latinizada de escrever seus nomes, respeite-a, mesmo que
de encontro a essas regras.
* Use GU antes do E e I.
** Pode soar como E, IE ou IO. Após as consoantes TCH, CH,
SCH e J, use sempre E ou O. Após vogais, as demais consoantes,
espírito brando ou em posição inicial, use E,
IE ou IO. A diferença entre E, IE e IO tem de ser conhecida
de antemão. Em textos para iniciantes ou crianças, indica-se
que o som é IO com um trema sobre a letra cirílica E.
*** User SS em posição intervocálica.
Nomes estrangeiros |
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B
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D
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G
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H
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J
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K
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