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jornalismo analítico/opinativo - Os fatos contemporâneos cada vez mais exigem a análise do noticiário. A análise dá ao leitor a oportunidade de se aprofundar nos eventos, questões ou tendências. A análise do noticiário não deve ser confundida com a opinião ou o comentário, que devem estar circunscritos às colunas e aos artigos. A opinião é subjetiva e arbitrária e não precisa necessariamente comprovar o seu ponto de vista. Já a análise procura explicar o noticiário da maneira mais objetiva possível e envolve uma série de procedimentos:

a) O jornalista só deve tentar escrever uma análise depois de checar se dispõe de informações suficientes para sustentar suas conclusões;

b) Deve pesquisar a bibliografia ou os arquivos sobre o assunto;

c) Deve entrevistar os envolvidos;

d) Deve contextualizar o assunto;

e) Deve escrever um texto curto e de preferência com uma única linha de raciocínio;

f) Deve expor sua linha de análise logo nos primeiros parágrafos;

g) Deve expor seus argumentos em um crescendo, para tirar proveito da tensão criada pelo texto e facilitar a conclusão para o leitor;

h) Deve trabalhar com rigor técnico para que suas conclusões sejam consequências necessárias dos fatos que descreveu;

i) Deve cruzar as suas observações com dois ou mais especialistas no assunto, de preferência com posições divergentes;

j) Deve sempre utilizar números e es-tatísticas para dar mais credibilidade e objetividade às observações;

l) Deve ressaltar contradições e, para tornar seus argumentos mais claros, utilizar analogias;

m) Para que o texto de análise não fique desinteressante, deve recorrer a declarações inteligentes, famosas ou engraçadas sobre o assunto, além de mencionar casos históricos ou relevantes que guardem semelhanças com o tema abordado;

n) Deve, para que a análise tenha êxito, chegar a uma conclusão original.

As análises na Folha aparecem assinadas e em grifo.

jornalismo crítico - Princípio editorial da Folha. O jornal não existe para adoçar a realidade, mas para mostrá-la de um ponto de vista crítico. Mesmo sem opinar, sempre é possível noticiar de forma crítica. Compare fatos, estabeleça analogias, identifique atitudes contraditórias e veicule diferentes versões sobre o mesmo acontecimento.

A Folha pretende exercer um jornalismo crítico em relação a todos os partidos políticos, governos, grupos, tendências ideológicas e acontecimentos. Veja Projeto Folha (no cap. Projeto Folha).

jornalismo de serviço - Explora temas que tenham utilidade concreta e imediata para a vida do leitor. O jornalismo de serviço torna o jornal um artigo de primeira necessidade e garante seu lugar no mercado. O jornalista da Folha deve ter como referência as necessidades diárias do leitor, tanto na elaboração das pautas quanto na redação das reportagens. Deve buscar exemplos no seu cotidiano.

jornalismo especializado - A função do jornal impresso mudou com o crescimento dos meios eletrônicos de comunicação (rádio, TV). O leitor busca no jornal impresso abordagens mais profundas e informações mais sofisticadas, o que requer do jornalista domínio cada vez maior dos assuntos sobre os quais escreve. Só assim o jornalista pode tornar a informação técnica acessível ao leitor comum. Veja didatismo; especialização (no cap. Projeto Folha).

jornalismo moderno - Princípio editorial da Folha. Entende-se por moderno a introdução na discussão pública de temas que não tinham ingressado nela, de novos enfoques, novas preocupações, novas tendências. Veja Projeto Folha (no cap. Projeto Folha).


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Novo Manual da Redação - 1996

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