**
E **
e
- Evite começar frase com a conjunção e:
O ministro anunciou o novo plano econômico. E prometeu para
hoje... O e no início da frase trunca a leitura, sem acrescentar
informação. Veja conjunção.
ecologia - Não existe crime contra a ecologia, apenas
contra a natureza ou o ambiente. O termo, originado das palavras
gregas oîkos (casa) e lógos (estudo), designa apenas
o ramo da biologia que estuda relações entre seres
vivos e seu ambiente. Ecologia -uma ciência- e ambientalismo
-um movimento- não são sinônimos. É errado
referir-se ao ambientalista Chico Mendes, por exemplo, como ecologista.
economês - A Folha combate o economês, vício
de estilo comum em jornalismo econômico: A autoridade monetária
está praticando uma política contracionista de elevação
de juros reais com o objetivo de tentar conter o crescimento dos
índices inflacionários significa apenas O governo
está aumentando os juros para tentar segurar a inflação.
Todos os termos técnicos e jargões devem ser evitados
ou explicados em linguagem compreensível para qualquer leitor.
editorial - Texto que expressa a opinião de um jornal.
Na Folha , seu estilo deve ser ao mesmo tempo enfático e
equilibrado. Deve evitar a ironia exagerada, a interrogação
e a exclamação. Deve apresentar com concisão
a questão de que vai tratar, desenvolver os argumentos que
o jornal defende, refutar as opiniões opostas e concluir
condensando a posição adotada pela Folha .
Nada
impede que o jornal mude de opinião sobre determinado assunto.
Neste caso, deve dizê-lo com clareza.
Os
editoriais são publicados na segunda página do jornal
e, em casos excepcionais, na primeira. Não são assinados.
Os
editoriais não dirigem o noticiário, mas temas que
neles aparecem com frequência devem ser explorados pela reportagem.
A Folha procura publicar artigos assinados que discordem das posições
dos seus editoriais.
"Efe" - Não é sigla, mas sim o nome
da agência de notícias espanhola. Escreva entre aspas
e com maiúscula apenas a primeira letra.
elemento - Não use este jargão policial para
designar pessoa.
elemento químico - Substância simples composta de átomos
de um mesmo número atômico. Não deve ser confundido
com substância. Exemplo: A água é uma substância
cujas moléculas são formadas por dois átomos
do elemento hidrogênio e um átomo do elemento oxigênio.
elipse - Figura de linguagem que consiste na omissão
de palavras subentendidas pelo contexto. Pode ser usada em nome
da concisão do texto, desde que não prejudique a compreensão:
O congressista Walker Hodith chegou ao Recife ontem. [Ele] Desembarcou
[do avião] às 7h.
elucubração - Não existe elocubração.
embaixadora/embaixatriz - Embaixadora é a mulher que desempenha
cargo de representante diplomático. Embaixatriz é
a mulher de um embaixador.
embaixo/em cima - Atenção para a separação,
no segundo caso.
em cores - A TV é em cores e não a cores.
em nível de - Veja a nível de/em nível
de.
emoção - A emoção pode ser importante
em alguns textos jornalísticos. Mas atenção:
evite o tom melodramático, triunfalista ou piegas. O registro
deve ser o mais descritivo possível. Preste atenção
em detalhes que podem caracterizar de forma objetiva essa emoção:
O réu fumou 45 cigarros em quatro horas de julgamento é
melhor que O réu estava visivelmente nervoso. Não
especule sobre o estado emocional, os pensamentos ou intenções
do personagem da notícia. Veja distanciamento (no cap. Produção);
objetividade (no cap. Projeto Folha).
em vez de - Veja ao invés de/em vez de.
"enclave" - Esta palavra não existe em português.
Use território encravado ou simplesmente encrave.
endemia - Ocorrência habitual de uma doença ou de um
agente infeccioso em área geográfica restrita. Veja
epidemia; pandemia; surto.
endereço - A Folha procura fornecer em suas reportagens todo
endereço que possa ser útil para o leitor. Não
deixe de checar qualquer endereço ou telefone antes de publicar.
Observe as seguintes regras de padronização de grafia:
a)
As palavras rua, avenida, alameda, praça e similares são
escritas em minúscula e podem ser abreviadas;
b)
Nomes de vias públicas são escritos com iniciais em
maiúscula, inclusive quando precedidos de título,
que podem ser abreviados: av. Dom Pedro 1º, r. Dr. Rafael de
Barros, rua Dep. Lacerda Franco;
c)
Os números são precedidos de vírgula e sempre
grafados em algarismos: pça. da Árvore, 2; r. da Consolação,
1.573;
d)
Os números de complementos como apartamento, andar, sala,
casa, conjunto e similares são sempre grafados em algarismos:
av. Paulista, 900, 3º andar, sala 315; r. das Palmeiras, 1.350,
apto. 26; av. das Nações, 250, conjunto 30;
e)
O código de endereçamento postal deve ser precedido
da sigla CEP e vir antes do nome da cidade e da sigla da unidade
da Federação, sem ponto de milhar: CEP 05454, São
Paulo, SP;
f)
Número de telefone ou telefax é precedido do código
de área entre parênteses, inclusive quando for da cidade
de São Paulo: tel. (011) 285-3940. Se se tratar de endereço
fora do Brasil, informe o código internacional completo:
fax (001-212) 348-9577.
enfarte - Use infarto.
enquete - Palavra de origem francesa, que significa pesquisa
de opinião. No Brasil, é empregada erroneamente como
agrupamento de testemunhos ou opiniões pessoais sem rigor
metodológico. Veja pesquisa de opinião (nos caps.
Produção ou Edição).
ensaio - A Folha publica textos de caráter ensaístico
sobre temas atuais e polêmicos em seções especializadas
e em geral nas edições de fim-de-semana.
então - A palavra pode ser usada para evitar o emprego
do adjetivo antigo: O então presidente em vez de o antigo
presidente. Mas cuidado: deve haver antes referência ao período
em que a pessoa ocupava o cargo. Veja antigo; ex.
epidemia - Rápida disseminação de uma
doença em determinada área geográfica. Diz-se
que há estado epidêmico apenas quando o número
de casos confirmados da doença ultrapassa o limite estatístico
esperado.
É
comum autoridades da área de saúde negarem a existência
ou protelarem a divulgação de epidemias, sob o argumento
de não criar pânico. A Folha considera que noticiar
uma epidemia é a melhor forma de combatê-la. Veja endemia;
pandemia; surto.
era/Era - Escreva com maiúsculas quando se referir
a período histórico bem definido: Era Cristã,
mas era nuclear. Veja idade/Idade.
Erramos - A Folha retifica, sem eufemismos, os erros que
comete. A retificação deve ser publicada assim que
a falha for constatada, mesmo que não haja pedido externo
à Redação. As correções são
feitas na seção Erramos ou, em casos de gravidade
excepcional, na Primeira Página (aí também
acompanhadas do título Erramos).
A
publicação de um "Erramos" depende de consulta
prévia à Direção de Redação.
Ao redigi-lo, procure acrescentar novas informações
e não apenas corrigir as que foram publicadas com erro. Identifique
claramente data, editoria, página e texto, citando seu título.
Certifique-se de que, ao redigir um "Erramos", nenhum
novo erro tenha sido introduzido. Veja ao contrário/diferentemente.
escolas artísticas - Escreva sempre com minúsculas:
romantismo, barroco, surrealismo, neoclassicismo, impressionismo,
dadaísmo. Veja maiúsculas/minúsculas.
escuro - Nunca use para designar pessoa mulata ou negra.
Veja preconceito.
espécie - Veja nomes científicos.
espetáculo - Veja título de obras.
esposa/esposo - Não use. Além de soar pedante,
a palavra significa originalmente prometida, noiva e não
cônjuge. Qualifique casais como marido e mulher, mesmo que
o casamento não esteja formalizado.
esquerda - Veja direita/esquerda.
estado/Estado - Com maiúscula quando designar conceito político
ou unidade da Federação: golpe de Estado, o Estado
da Paraíba. Quando for sinônimo de situação,
disposição, empregue minúscula: estado de espírito.
Veja maiúsculas/minúsculas.
este/esse - A confusão entre estes dois pronomes demonstrativos
e seus correlatos, sobretudo na linguagem oral, contribui para apagar
uma distinção importante da língua. A nuance
fica evidente quando se recorre à fórmula este aqui,
esse aí, aquele lá. O emprego dos demonstrativos ocorre
em três níveis:
a)
Em relação à pessoa que fala - Este, esta,
isto são os pronomes que se relacionam com a pessoa que fala:
Este livro é meu. Esse, essa, isso são os pronomes
da pessoa a quem é dirigido o enunciado: Esse livro é
teu. Para a 3ª pessoa usam-se os pronomes aquele, aquela, aquilo:
Aquele livro é dele;
b)
Em relação a espaço e tempo - Este, esta, isto
indicam o que está perto da pessoa que fala: Estou lendo
este jornal. Por derivação, indica o aqui e agora:
Neste país, nesta cidade, nesta página, neste dia,
neste mês, neste ano, neste século, neste governo.
Esse,
essa, isso têm emprego mais amplo. Indicam tudo o que está
a certa distância da pessoa que fala: Pegue essa cadeira e
traga-a para cá, por favor; Quando eu estiver com você
em Paris, visitaremos essas livrarias de que você tanto fala.
Ligado à idéia de tempo, esse, essa, isso indicam
geralmente o passado: Karl Marx é um autor do século
passado. Nesse período, as pessoas passaram a acreditar em
revoluções. Pode indicar o futuro se houver a idéia
de afastamento: No ano 2061 haverá grande acúmulo
de progresso tecnológico, mas nada garante que esse tempo
será menos turbulento que o atual.
Aquele,
aquela, aquilo se referem a afastamento: Naqueles tempos, naquela
cidade. Seu uso se confunde muitas vezes com o de esse, essa, isso;
para evitar ambiguidade, prefira aquele, aquela, aquilo;
c)
Em relação ao próprio texto - Este, esta, isto
referem-se a algo que acaba de ser mencionado ou será em
seguida: O novo prefeito convidou a prima e o cunhado para participar
do governo. Este recusou; Disse-lhe isto: "Você não
presta".
Esse,
essa, isso retomam passagem anterior do texto, como na expressão
além disso.
Aquele,
aquela, aquilo indicam o termo que se opõe a este, esta,
isto: Guarujá e Campos do Jordão são cidades
muito visitadas por turistas. Esta, pelo ar puro da montanha; aquela,
pelas praias.
Como
regra geral, o texto de jornal deve evitar essas construções
quando forem muito complexas. Às vezes é melhor repetir
termos para não truncar a leitura.
estória - Use história em qualquer acepção.
estrangeirismo - Palavras ou expressões estrangeiras são
usadas quando não existe equivalente em português ou
foram consagradas pelo uso corrente: rock, show, pop, punk, réveillon,
status, blitz, kitsch, overnight, outdoor, know-how, lobby, software
etc. Nesses casos são grafadas sem aspas.
O
uso gratuito ou excessivo de estrangeirismo torna o texto pedante.
Palavra ou expressão estrangeira menos conhecida e de difícil
tradução, ainda que em noticiário especializado,
deve ser acompanhada de explicação: "spread",
taxa de risco nos empréstimos internacionais. Nesse caso,
a expressão é grafada entre aspas.
Não
levam aspas nomes ou marcas de companhias estrangeiras (Boeing,
TWA, Levi's, Sears), modalidades esportivas (squash, skate), denominações
de naves e satélites espaciais (Vega, Challenger) e nomes
de pessoas, instituições e lugares.
Nomes
de órgãos e entidades estrangeiras devem ser traduzidos.
Quando a tradução literal for insuficiente para a
compreensão do que faz o órgão ou entidade,
use a sigla estrangeira sem aspas, traduza seu significado e cite
um equivalente brasileiro: FBI (Birô Federal de Investigações,
a polícia federal norte-americana).
Quando
se tratar de palavra ou nome pouco conhecido, informe entre parênteses
a maneira aproximada de pronunciá-lo. Veja nomes estrangeiros.
Consulte o anexo Principais Estrangeirismos e a forma de grafá-los.
estupro - Crime de violação sexual contra mulher.
A palavra não deve ser usada quando a vítima for do
sexo masculino. Neste caso, use violentar.
etc. - Abreviatura da expressão latina et cetera,
que significa e as demais coisas. Evite em texto jornalístico
porque sugere incompletude, imprecisão. Nunca use em relação
a pessoas (João, Maria etc.). Não deve ser antecedida
por e ou vírgula. No caso de encerrar frase, não use
ponto duas vezes: Evite a expressão etc. em títulos,
legendas, olhos etc.
eufemismo - Não compete ao jornalista suavizar informação
com palavras que lhe pareçam mais agradáveis. Sua
função não é poupar o leitor e sim informá-lo.
ex- - No sentido de estado anterior, sempre com hífen:
ex-governador, ex-marido, ex-prefeito, ex-presidente, ex-voto.
ex - O prefixo indica que pessoa ou coisa não têm mais
o cargo ou condição que um dia tiveram. Não
use no caso de pessoas mortas. Luís 14 não é
ex-rei da França, assim como John Kennedy não é
ex-presidente dos Estados Unidos: O presidente norte-americano John
Kennedy foi assassinado em 1963. Em alguns poucos casos cabe a expressão
então ex-: Em 1914, o então ex-presidente norte-americano
Theodore Roosevelt (1858-1919) participou de uma expedição
ao rio da Dúvida, na Amazônia (não era mais
presidente).
exatidão - Qualidade essencial do jornalismo. A credibilidade
de um jornal depende da exatidão das informações
que publica e da fiel transcrição de declarações.
Para escrever reportagens exatas, não menospreze os detalhes.
Seja obsessivamente rigoroso. O jornal tem obrigação
de publicar apenas informações corretas e completas.
Cifras, números, grafia de nomes de pessoas, horários,
datas e locais exigem o maior cuidado. Veja declaração
textual; transcrição.
executar - No sentido de matar, use apenas em dois casos:
morte determinada e praticada legalmente por poder público
ou morte praticada por comando militar contra combatente sob sua
autoridade em tempo de guerra. Veja assassinar; matar.
existir - Este verbo concorda com o sujeito, ao contrário
do verbo haver que, quando usado no mesmo sentido, tem construção
impessoal: Existem complicações, existirão
ressalvas; Há complicações, haverá ressalvas.
extensão de texto - Veja tamanho de texto.
exterior - Escreva sempre com minúscula, a não
ser que integre nome próprio: Ministério das Relações
Exteriores. Veja maiúsculas/minúsculas.
extremista - Pessoa ou organização que defende
ação política violenta. Veja terrorista/guerrilheiro.
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Texto
Frases
Introdução
Como
consultar
Projeto
Folha
Produção
Edição
Anexos
Adendos
Bibliografia
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