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12/02/2006 - 19h29

Salário para mulheres é até 50% menor

da Folha de S.Paulo

Sonho de muitos vendedores, a carreira em B2B (do termo "business-to-business" --ou comércio entre empresas) chama a atenção pelo alto padrão de vida dos profissionais. Com média de 36 anos, 98% têm escolaridade igual ou superior ao ensino médio completo, 73% são das classes A e B e 77% possuem imóvel próprio.

Os números fazem parte de uma pesquisa feita pela Toledo & Associados, a pedido da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), com 300 profissionais do setor.

Apesar de indicar uma carreira bem remunerada, o levantamento também reflete uma desigualdade de gênero na profissão.

O salário médio dos que recebem comissão é de R$ 2.600 --se considerada isoladamente, a remuneração média das mulheres é de R$ 1.700. A diferença aumenta quando se analisa diretamente a remuneração dos homens: eles ganham o dobro, R$ 3.400.

Para os que têm remuneração fixa, que correspondem a 32% dos entrevistados, a desigualdade salarial é menor: atinge 21,6%.

A gerente de planejamento e análise da Toledo & Associados, Vanessa Soares, destaca que a concentração das faixas etárias da amostra é diferente para homens e mulheres. Enquanto a maior parte deles tem de 20 a 49 anos, 41% delas têm de 20 a 29 anos. "Eles podem, pela idade, ter mais experiência na área e, por isso, melhores salários", conjectura.

Mas ela não deixa de ser taxativa: "As mulheres recebem menos, sim. Em pesquisas populacionais que realizamos, detectamos essa diferença salarial. Não é exclusividade do pessoal de vendas".

Diferença de perfil

O presidente da ADVB, José Zetune, diz não haver explicação para essa diferença salarial, já que as mulheres são mais "disciplinadas, organizadas e conscientes de seu trabalho". "Elas estão em plena ascensão profissional. Há diferenças salariais em algumas áreas, mas é algo histórico, que vem mudando com o tempo", ressalta.

A executiva de vendas da área de aromas para alimentos Tatiana Maricato, 26, também diz acreditar que o panorama para as mulheres vem se tornando menos hostil com o passar do tempo. Mesmo assim, destaca que o ingresso de trabalhadoras nesse mercado é pontuado por preconceito. "Eu mesma fui barrada em cinco seleções por ser mulher."

Maricato afirma que algumas empresas preferem empregados homens por crer que eles têm mais disponibilidade para viagens. "Além disso, não têm de arcar com licença-maternidade", acrescenta a vendedora.

O engenheiro de alimentos Angelo Cruz Zelante, 26, que atua como representante de vendas de itens alimentícios, discorda da colega e descarta a discriminação.

Apesar de três de seus amigos de faculdade terem conquistado cargos de diretoria em B2B, mas nenhuma das colegas ter ido tão longe, o engenheiro destaca: "A diferença é que eles têm perfil mais agressivo para a área comercial, e elas, traços mais adequados para o setor técnico".

     

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