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16/09/2007 - 12h17

Empresa usa curso para tirar dinheiro de candidato

MARIA CAROLINA NOMURA
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Grávida e desempregada, a designer Patrícia Borbolla, 23, acreditou que, se fizesse um curso de treinamento em telemarketing, voltaria prontamente para o mercado.

"A empresa informou que custo era de R$ 360, dividido em duas vezes. Prometeram que eu teria um emprego."

Depois de pagar a taxa, Borbolla diz que não conseguiu vaga nas aulas. "Falavam que a sala estava lotada. Depois disseram que eu não tinha cadastro. O que eu fiz? Chorei muito."

Segundo o promotor José Luiz Bednarsky, a tática de vender cursos é uma das mais usadas pelas empresas que enganam os profissionais. Outra é chamar desempregados de outros Estados para entrevistas que só acontecerão mediante pagamento adiantado.

O desespero para conseguir um emprego levou a administradora de empresas Roberta Tercette, 32, a cair duas vezes no golpe. "Na primeira agência, cobraram R$ 500 para o processo de seleção. Na segunda, R$ 80 de teste psicológico."

Não são apenas os desempregados as vítimas mais comuns. A ansiedade para estrear no mercado faz de estudantes e recém-formados presas fáceis.

A arquiteta Adriana Victorelli, 25, conta que, quando estava no penúltimo ano da faculdade, a empresa de recrutamento e seleção Gatework ligou para ela comparecer a uma entrevista.

"Era meio período e salário de R$ 1.500, quase impossível para um estudante", lembra.

Mas o estágio dos sonhos tinha um preço: dois cheques de R$ 250. "Depois me arrependi. Só consegui resgatar um cheque, tive de sustar o outro. Não caí no conto, mas tropecei."

No site do Tribunal de Justiça constam 63 processos contra a Gatework, cuja página na internet está desativada. A reportagem não localizou a empresa.

Ônus da prova

Mesmo que não esteja no contrato, promessas verbais valem como prova, segundo a professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) Suzana Cata Preta, especialista em direito do consumidor.

"Quem tem de provar que não prometeu o emprego é a empresa e não o consumidor."

Quem foi lesado pode procurar a Fundação Procon ou entrar com ação no Juizado Especial de Pequenas Causas.


     

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