28/10/2007
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15h15
Objetividade no currículo é a senha para entrevista
MARIA CAROLINA NOMURA
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Mais do que uma simples apresentação e descrição da experiência profissional, o currículo é a chave para participar de uma entrevista de trabalho.
A fim de orientar quem está à procura de um emprego --ou aqueles que apenas pretendem atualizar esse documento--, a Folha conversou com especialistas no tema para descobrir as principais falhas cometidas no currículo.
O primeiro problema, a falta de objetividade na função desejada, surge logo no topo da página --isso se o objetivo ali estiver destacado, no local certo.
"Não dá para ser goleiro e atacante ao mesmo tempo", aponta Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.
Para a gerente de recursos humanos Sueli Carpinelli, da Alatur, é essencial que o objetivo profissional esteja adequado à experiência e à formação.
"Se a pessoa visa a uma vaga de assistente, deve saber quais são as responsabilidades atribuídas ao cargo e mostrar, na descrição das atividades, que tem essa experiência", sugere.
Muitos também deixam de inserir um resumo global com as principais qualificações relacionadas ao cargo pretendido. "O currículo deve ser de fácil leitura. A estética e a padronização são elementos fundamentais", acrescenta Abrileri.
A consultora Lizete Araújo, vice-presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), ressalta que o candidato deve deixar claro o que ele vai agregar à empresa. "É isso o que se quer saber."
Datas de conclusão de cursos e o período em cada cargo, hierarquizados a partir do mais recente, são informações imprescindíveis, segundo a executiva Manuela Bernis, da EDS Brasil. "Os anos de experiência ajudam a definir cargo e salário."
Em caso de mudança de área de atuação, Sueli Aznar, consultora da Lens & Minarelli, recomenda que o profissional demonstre como a vivência no trabalho despertou esse novo olhar, para que a experiência seja valorizada no novo desafio.