08/06/2008
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09h57
Estudo regular e contínuo é a base para aprender só
DENISE BRITO
Colaboração para a Folha de S.Paulo
A obediência a regras auto-impostas é citada por professores e alunos com experiência em concursos públicos como o principal requisito para quem decide estudar sozinho na preparação para os exames.
Outras dicas importantes estão ligadas a atualização do material didático, a escolha e preparação do ambiente de estudo e, sobretudo, a persistência.
"O mais importante é a disciplina para o esforço contínuo e regular. Não adianta acordar cedo um dia e estudar muito, depois sair à noite e não estudar nada no dia seguinte", exemplifica Marco Miguel, professor de cursinho preparatório há 20 anos.
Para Vivaldo Pereira de Jesus, também instrutor experiente de cursinho, é preciso ter regras e esquecer o improviso. "O conteúdo programático deve estar focado no concurso que se vai fazer", aconselha. "Não funciona, por exemplo, adaptar material de faculdade."
Tarefa complicada
Em 2006, a estudante Josieli de Lima Oliveira se dispôs a se preparar para concurso estudando em casa com uma amiga.
Do início da tarde até meia-noite, as duas liam e faziam exercícios das diversas apostilas que haviam comprado. A tarefa era especialmente árdua, conta, pelo fato de não ter com quem tirar dúvidas ou checar a correção de exercícios: as apostilas continham erros que eram sempre motivo de confusão.
"Estudar sozinho é lutar sozinho numa guerra", compara Oliveira. "Ficam muitas dúvidas, não tem ninguém para dar dicas ou macetes. Agora considero que pode dar certo só para provas menos concorridas."
Com a base adquirida daquela fase, Oliveira conseguiu ser aprovada em um concurso da Prefeitura de São Paulo, mas ainda aguarda a convocação. Enquanto isso, continua estudando, só que agora freqüenta um cursinho. "Quero prestar a prova do TRT [Tribunal Regional do Trabalho], que é bem mais concorrida", planeja.