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27/07/2008 - 09h00

Período eleitoral põe marquetólogo à prova

IGOR GIANNASI
colaboração para a Folha de S.Paulo

Quando, em agosto, entrar no ar o horário eleitoral de rádio e TV, estará à prova a principal missão do profissional de marketing político: convencer os cidadãos de que seus clientes --candidatos a vereador ou a prefeito-- merecem um voto. Ouça podcast.

Os marquetólogos, também chamados de marqueteiros --às vezes em tom pejorativo--, fazem parte de uma carreira multidisciplinar que inclui profissionais como jornalistas, publicitários e relações-públicas.

Divididos entre os salários atrativos e as dificuldades que enfrentam no mercado de trabalho, esses profissionais unem-se em torno de duas paixões: política e comunicação.

Esse foi o motivador para a publicitária Gil Castillo, 40, ingressar no marketing político. Seus primeiros passos nesse universo se deram na prática, em uma campanha em 1992.

Só mais tarde procurou se especializar na área. "Existe uma ciência por trás disso, que exige estratégia e planejamento", diz.

O mesmo caminho, da prática aos estudos, foi percorrido pelo especialista em marketing político Ciro Pedroza, 44.

Trabalhando com radiojornalismo, Pedroza teve o primeiro contato com a área em 1982, ao participar de uma campanha ao governo do Rio Grande do Norte. Nos anos sem eleição, voltava ao jornalismo.

Em São Paulo desde 2000, fez mestrado em comunicação política e especializou-se em consultoria na área de rádio. "Há vários mitos na profissão, como o de que é o marqueteiro quem elege o candidato."

Cuidados na carreira

Segundo o diretor de marketing da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Emmanuel Publio Dias, um dos aspectos da profissão é que a remuneração é concentrada.

"O que se ganha na campanha corresponde à quantia que o profissional receberia em um ano na sua atividade anterior."

Carlos Manhanelli, presidente da Abcop (Associação Brasileira dos Consultores Políticos), ressalta que, ao migrar para a área política, é preciso ponderar as dificuldades para retornar a seu campo habitual. "As empresas têm preconceito contra os profissionais que fizeram campanha política", diz.

Outro risco, completa Dias, é o de, na campanha, o especialista ficar totalmente mergulhado nela, a ponto de perder contato com o seu mercado de trabalho.

Obstáculos

Para o publicitário e jornalista Chico Santa Rita, que tem 30 anos de experiência na área, o segmento enfrenta o problema da falta de qualificação. "No Brasil não existe uma preparação para essa carreira como ocorre em outros países."

O consultor Gaudêncio Torquato acrescenta que a atividade só é valorizada por parte dos políticos nos anos eleitorais: "Eles deveriam perceber que, depois de eleito, o candidato ainda precisa de visibilidade."


     

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