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11/01/2009 - 10h35

Mau desempenho marca rara demissão de trainees

RAQUEL BOCATO
da Folha de S.Paulo

Para alguns jovens profissionais, superar seleções com centenas ou milhares de candidatos não é o principal obstáculo em um programa de trainee. A adaptação à cultura da empresa e o cumprimento de metas pesadas são desafios por vezes insuperáveis e que levam a um raro desfecho: a demissão.

Segundo empresas e consultores ouvidos pela Folha, o índice de desligamentos de trainees é menor que o do quadro de funcionários como um todo.

A explicação está nas exigências de recrutamento, em geral com testes on-line, entrevistas e dinâmicas de grupo --processo que pode durar seis meses. "Trabalhamos com margem de erro zero", pontua o gerente da Foco Talentos Rudnei Pereira, responsável pela seleção de candidatos de 51 programas.

Mesmo assim, há quem não corresponda às expectativas. Principalmente, afirmam consultores, quando não consegue obter os resultados esperados.

Foi o que aconteceu no ano passado com um dos 17 trainees da Basf, lembra a analista de treinamento e desenvolvimento Joana Rudiger. Durante 18 meses, diz ela, o trainee recebeu "feedbacks" frequentes. "Dizia para ele que as coisas não iam bem, mas que havia chances de se recuperar."

No caso da Basf, optou-se pela demissão. Contudo, muitas empresas tentam, antes disso, realocar o trainee para outras áreas, numa tentativa de facilitar a adaptação do funcionário, destaca Sofia Esteves, sócia-presidente do Grupo DMRH.

"Líderes sem equipe"

Por serem potenciais gerentes, as companhias buscam pessoas com capacidade de comunicação e persuasão e foco em resultados. Outro requisito é adaptabilidade em cenários complexos, segundo o departamento de RH da Nestlé, empresa que teve um caso de demissão de trainee em dez anos.

Também devem ser "líderes sem equipe", resume o engenheiro Rodrigo Caldas de Oliveira, 25, que, durante um ano, até janeiro de 2008, foi trainee de uma grande rede varejista. Ele e outros 20 profissionais participavam de reuniões mensais para acompanhamento.

"Eu me sentia perdido. Todos os dias, ficava uma ou duas horas a mais do que meus colegas para dar conta das tarefas. A empresa queria alguém que, além de cumprir metas, sugerisse inovações. E sou desorganizado e pouco proativo", diz.

Oliveira ainda pensa para responder se se arrepende de ter deixado outro processo de seleção no meio para abraçar o da rede varejista. Mas reconhece o peso da experiência. "Ganhei autoconhecimento."


     

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