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12/04/2009 - 10h12

Setor de teletrabalho vive expectativas opostas para SP e o país

ANDRÉ LOBATO
Colaboração para a Folha de S.Paulo

O telesserviço --um dos setores que mais empregam no Brasil, com cerca de 1,2 milhão de profissionais-- exibe hoje possibilidades divergentes em termos de mercado de trabalho. De um lado, tem a expectativa de abrir 80 mil postos no país; de outro, pode demitir 15 mil no Estado de São Paulo.

Apresentado pela Abrarec (Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente), esse cenário tem a parte nebulosa embasada na lei que cria cadastro para quem não quer receber chamadas de telemarketing e na mudança de empresas para outros Estados do país.

"De 10 mil a 15 mil demissões já serão feitas em maio", conjetura Roberto Meir, presidente da entidade, a partir de uma sondagem feita com as principais empresas de São Paulo.

Segundo ele, as firmas paulistas, para não entrar na lista das indesejadas, modificarão estratégias de vendas, diminuindo propagandas por telefone.

A Associação Brasileira de Telesserviços, que congrega empresas do setor, afirma não ter levantamento, mas confirma "o temor" de corte de vagas em São Paulo.

Em nota, a Secretaria Estadual de Comunicação do Governo de São Paulo declara que "é prematuro dizer que o bloqueio de ligações de telemarketing, exclusivamente, trará desemprego ao setor". O texto informa que, até quarta-feira (8/4), 0,56% do total de linhas paulistas foi cadastrado.

De acordo com a secretaria, desde novembro, foram oferecidas 22.847 vagas de teleoperador na Grande São Paulo.

Novas vagas

A despeito do cenário paulista, a previsão para este ano é de crescimento do setor no país. Dados da Abrarec a serem divulgados em maio indicam que o setor de telesserviços -que inclui telemarketing, atendimento pela internet, ouvidoria e SAC (serviço de atendimento ao consumidor)- deverá abrir 80 mil vagas em 2009 se o PIB (Produto Interno Bruto) crescer de 1,5% a 2% até dezembro.

"Podemos chegar a 100 mil novos cargos", presume Meir. Se levada em conta a rotatividade do setor, ressalta, 350 mil vagas serão abertas neste ano.

João de Moura Neto, presidente da Fittel (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações), contudo, diz temer que a crise retarde o desenvolvimento do setor.

Para ele, além de favorecer o corte de vagas, a lei paulista aumentará o estresse do trabalhador. "Ao impedir que os clientes sejam importunados pelo call center, gera-se um estresse no trabalhador, na medida em que ele se aproxima da possibilidade de perder o emprego."

Se isso ocorrer, ressaltará o pior da profissão. É o que avalia o ex-teleoperador Manuel Novais, 26. Ele reitera que não pretende voltar para o setor, do qual saiu há dois anos -após três de serviço. "Prefiro vender sanduíche na praia", afirma.

70%

dos trabalhadores de teleatendimento estão nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, de acordo com a ABT (Associação Brasileira de Telesserviços)

*850 mil *

pessoas são empregadas diretamente pelo setor, segundo a ABT; de acordo com a Abrarec, esse contingente é de "cerca de 1,2 milhão"


     

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