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01/11/2009 - 09h38

País tem 2 milhões de postos na área verde

ANDRÉ LOBATO
colaboração para a Folha de S.Paulo

Dois milhões de brasileiros podem dizer que trabalham para reduzir as emissões dos gases do efeito estufa ou melhorar a qualidade ambiental.

Sustentabilidade cresce nas empresas e atrai profissionais

O levantamento, em fase de finalização, é do escritório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) no Brasil.

O estudo divide os profissionais em cinco áreas: energias renováveis, florestal, saneamento básico e gestão de resíduos e riscos ambientais, gestão de materiais e transporte e telecomunicações.

O número é considerado representativo por Paulo Sérgio Muçouçah, coordenador de empregos verdes e trabalho decente da OIT e responsável pelo estudo. Foram considerados somente trabalhadores com carteira assinada, tomando como base a Rais (Relação Anual de Informações Sociais).

Dos 39,4 milhões de empregos formais no Brasil, 5% são verdes. Entre essas posições, no entanto, é possível ter um cargo verde em uma empresa poluidora ou ter impacto negativo trabalhando em uma empresa com selo de sustentável, explica Muçouçah.

Quem adapta os veículos da Petrobras às taxas de emissões, por exemplo, é considerado verde, embora a atividade-fim da empresa acelere o aquecimento global e deteriore a qualidade ambiental, produzindo o diesel que alimenta tal veículo.

Há também os que podem se chamar de verdes, mas que são de setores muitas vezes caracterizados por não terem um bom ambiente de trabalho.

É o caso dos atendentes de telemarketing -o setor de telecomunicações é considerado benéfico ao ambiente por reduzir a necessidade de deslocamento de pessoas.

Copenhague

A pesquisa da OIT deve ser divulgada no começo de dezembro, às vésperas da Conferência de Copenhague, que discutirá um acordo sobre o clima.

As ações relativas a esse fenômeno podem ser de adaptação ou de mitigação. Por isso funcionários da Defesa Civil -que auxiliam atingidos por enchente, por exemplo- também são considerados verdes.

O "bem possível" fracasso em Copenhague pode diminuir, mas não frear, a tendência de criação de empregos verdes, analisa Daniel Esty, que leciona legislação e políticas ambientais na Universidade Yale e foi membro do comitê de transição de Barack Obama.

Muçouçah concorda, pois a noção de produtividade "já começa a incorporar a questão dos recursos naturais".

Além da legislação e da pressão dos consumidores, "fatores econômicos, como a redução de desperdícios", são estímulos às firmas, diz Muçouçah. Entre eles estão a eficiência energética e a redução e a reutilização de resíduos industriais ou da construção civil.

Esty diz que os empregos verdes não necessariamente estão associados à inovação: "Alguns são a implementação de técnicas já compreendidas".


     

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