01/08/2003
Locação - Rentabilidade
Possibilidades e dúvidas do dia-a-dia: você tem dinheiro sobrando e pensa em investir na compra de um imóvel para alugar. Será que não ganharia mais com outro tipo de aplicação? Ultimamente, o rendimento das aplicações financeiras tem ultrapassado o dos aluguéis, que em média é de 0,7% bruto do preço da propriedade.
Ou então você precisa de moradia, tem algum dinheiro e planeja comprar um imóvel só depois de uma boa poupança. Não seria melhor entrar já num financiamento e pagar as prestações, em vez de arcar com o aluguel de onde você mora e lhe sobrar ainda menos para a poupança?
Tudo depende das circunstâncias. Não existem regras absolutas. Para o jovem universitário que não tem família rica nem recebeu herança e ainda tem tantos lugares para conhecer, trabalhar e morar, é melhor alugar. Seria uma boa opção pensar em tornar-se o inquilino de um casal mais maduro, que obtenha no aluguel a fonte de renda que complementa seu orçamento com segurança.
Considere ainda a existência de inúmeras possibilidades: alguém que se descasou e necessita de moradia com urgência deve alugar. Outra pessoa, que descobriu uma casa à venda por preço baixo, verdadeira pechincha, deve comprá-la para depois alugar.
De qualquer forma, tem aumentado a procura de imóveis com menor número de dormitórios e aluguel de valor mais baixo, até R$ 450. Quem pensa em comprar para alugar com rapidez deve investir, portanto, nesse tipo de imóvel. Embora o aluguel seja mais baixo, proporcionalmente o rendimento é mais alto, em relação ao investimento na compra. E o risco também: é exatamente na faixa de aluguéis até R$ 450 que se concentra mais da metade dos inquilinos que deixam de pagar o aluguel em dia.
Oferta maior, procure o melhor
Com a estabilização econômica, o preço dos aluguéis refluiu, e a oferta se ampliou. É um quadro que favorece o locatário. Por isso se você vai alugar um imóvel residencial, é bom se organizar.
Faça um levantamento completo na região onde você pretende morar. Pesquise em anúncios de jornais e imobiliárias, peça indicações a conhecidos e visite os imóveis. Não se deixe levar pela primeira impressão, a mais emocional.
Leve em conta as dicas de
Avaliação, comparando as condições de preço, espaço, conforto e localização.
Monte a ficha de avaliação e anote as particularidades de cada imóvel. Só assim você saberá, na comparação final, se aquele imóvel que estava com um aluguel "baixinho" e ficava num lugar ótimo realmente vale mais a pena que outro não tão barato, mas em perfeito estado de conservação.
Fonte: Guia Folha Imóveis