07/05/2004
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17h56
Mudança urbanística na Vila Olímpia aquece locação comercial
da Folha Online
O andamento das obras de melhora do espaço público, de responsabilidade da ONG Movimento Colméia, está aquecendo o mercado imobiliário da Vila Olímpia a ponto de o valor de locação dos imóveis comerciais aumentar 20%, segundo Adalberto Bueno Netto, presidente da organização não-governamental.
De acordo com ele, não há outro motivo para a elevação dos valores senão o início das obras de alargamento das ruas Olimpíadas e Gomes de Carvalho --a primeira parte das obras estará pronta em agosto-- e o alargamento da rua Funchal, este último sob responsabilidade da Prefeitura de São Paulo.
As obras absorvem R$ 115 milhões em investimentos no quadrilátero formado pela marginal Pinheiros e avenidas Juscelino Kubitschek, Nova Faria Lima e Bandeirantes.
O projeto envolve, como um todo, novo sistema viário, novas calçadas, cabeamento subterrâneo, coleta seletiva de lixo, segurança com câmeras de monitoramento 24 horas, limpeza visual, arborização, nova sinalização e boulevards em regiões preestabelecidas.
Ocupação
Com isso, os prédios comerciais da Vila Olímpia, que tinham 60% de taxa ocupação, hoje estão quase completamente locados. "Apesar do mercado imobiliário estar com dificuldade, está havendo uma reversão na Vila Olímpia. Além de ter aumentado a taxa de ocupação em 40%, há dois novos empreendimentos residenciais de alto padrão", afirma Bueno Netto.
"A Vila Olímpia tem tudo pra ser o Down Town de São Paulo", afirma Arnaldo Halpern, do edifício Funchal. O edifico que tem três anos de existência, tinha até a metade do segundo semestre 85% do espaço locado, e com o início das obras, obteve os 15% restantes preenchidos.
"O Movimento Colméia projetou a Vila Olímpia como o bairro do futuro e fez com que as pessoas se movessem pra cá. É um privilégio estar na rua Funchal e rodeado de bons edifícios", comenta Halpern.
Há quatro meses, o edifício SP Trade tinha alguns andares livres para locação; hoje não tem mais vagas. "Tínhamos três andares desocupados e hoje temos 100% dos andares alugados", afirma Jefferson Abbud, diretor da Munis Abbud, incorporadora do edifício.
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