21/10/2007
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14h33
Operações urbanas do Plano Diretor cobrirão 17% da cidade
DÉBORA FANTINI
da Folha de S.Paulo
Com duas novas operações urbanas introduzidas na revisão do Plano Diretor, 17,24% do território paulistano poderão ser ocupados por meio desse tipo de intervenção.
Na revisão, foram introduzidas as operações urbanas Amador Bueno, com foco em habitação e localizada na zona leste, e o pólo logístico Fernão Dias, na zona norte.
Para que possam ser implantadas, é preciso aprovar leis específicas determinando onde será permitido ultrapassar os limites construtivos e em quais obras a prefeitura deverá investir o dinheiro arrecadado por Cepacs -títulos públicos que investidores trocam pelo direito adicional de construir.
Hoje, apenas cinco operações têm lei própria. A mais recente é a Rio Verde-Jacu, na zona leste.
Segundo a Sempla, a operação Vila Sônia (zona oeste) deverá ser a próxima. "Ela está em estágio avançado, o estudo de impacto ambiental está em andamento e deverá ser implantada ainda nesta gestão", afirma o secretário de Planejamento, Manuelito Magalhães.
Ao longo do metrô
O vice-presidente do Secovi-SP Cláudio Bernardes citou a operação Vila Sônia como uma das de maior interesse do mercado imobiliário, ao lado de Carandiru-Vila Maria (zona norte) e Santo Amaro (zona sul).
"Estamos só aguardando a lei da operação Vila Sônia para começar a comprar terrenos, ao longo do metrô não tem erro, são todos bons para se construir", afirma Bernardes.
"Se a prefeitura faz operações em áreas de interesse do mercado imobiliário, tem mais chance de obter sucesso", completa. Segundo ele, a tendência do mercado continuará sendo condomínios com torres de cerca de 20 andares e muitos espaços de lazer.
No plano atual, a limitação do gabarito (altura máxima) das edificações em muitas áreas da cidade corresponde a 15 metros, o equivalente a cinco andares. Essa determinação objetiva estimular o mercado a apostar em outros produtos que não os de alto luxo.
"Há uma classe média mais baixa, que não quer ter despesa de condomínio alta", aponta o professor de planejamento urbano da FAU-USP Nabil Bonduki, ex-vereador e relator do plano atual na Câmara.